Levantar uma bandeira do Brasil em dia de jogo da Seleção é algo tão comum - principalmente em tempos de Copa - que a cantora Shana Müller se confessou surpresa quando uma foto sua fazendo o mesmo gesto publicada nas redes sociais provocou uma onda de críticas e ofensas de alguns mais radicais. Muitos desencavaram até o léxico farroupilha para criticar a "falta de patriotismo" da artista - que deveria, na opinião de alguns desses críticos, sentir-se antes gaúcha e só depois brasileira. A polêmica desencava um debate que volta e meia reaparece no Rio Grande, o ímpeto separatista e os argumentos defendidos por aqueles que acreditam que o Estado estaria melhor sozinho, separado da federação que compõe o Brasil. Para muitos estudiosos do fenômeno, a chave para compreender esse sentimento é vê-lo como um tipo de resposta às mudanças pelas quais o Brasil - e o Estado dentro dele - passaram no último século.