
Senador pelo Espírito Santo, Fabiano Contarato (PT) foi escolhido como presidente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado. A escolha ocorreu nesta terça-feira (4), durante a primeira sessão do grupo instaurado para investigar a estrutura e o funcionamento de organizações como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O gaúcho Hamilton Mourão (Republicanos) será o vice-prisdente da CPI, enquanto Alessandro Vieira (MDB-ES) foi escolhido como relator.
— Assumo a presidência desta CPI com o mesmo senso de dever que guiou minha vida pública. Não por vaidade, não por ambição, mas por responsabilidade. Responsabilidade com as famílias que perderam famílias para o tráfico, com os polícias que arriscam a vida diariamente, responsabilidade com os jovens abandonados pelo Estado — declarou Contarato em seu discurso como presidente.
O prazo de funcionamento é de 120 dias. Pelo requerimento, o limite de despesas da CPI será de R$ 30 mil.
Contarato afirmou que não acredita em "política de extermínio", mas aposta em ações voltadas a união dos entes federativos.
— Que fique claro: eu não apoio barbárie, não acredito em soluções violentas ou desumanas. Mas também não podemos, de dentro das nossas casas seguras, bem alimentados e distante das balas, romantizar quem precisa seguir as leis de criminosos para se manter vivo — disse o presidente em outro momento.
Composição
Ao todo, 18 senadores integram a CPI, sendo 11 titulares e sete suplentes. Assim como na CPI do INSS, nem a base governista e nem a oposição terão maioria nas primeiras votações.
Representantes do PT
Um dos representantes do PT na CPI, Fabiano Contarato foi delegado de polícia por 27 anos, eleito senador pelo Espírito Santo em 2018, pela Rede Sustentabilidade. Em dezembro de 2021, ele deixou o partido pelo qual venceu o pleito e ingressou no PT Entre 2022 e 2023, ele foi líder da sigla de Lula no Senado.
Em maio do ano passado, foi único senador do PT que votou a favor da derrubada do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no projeto de lei que pôs fim à ‘saidinha’ de presos. O partido ainda conta com o senador Rogério Carvalho, como titular, e o ex-governador da Bahia, senador Jaques Wagner (PT-BA).
Titulares
- Alessandro Vieira (MDB-SE)
- Márcio Bittar (PL-AC)
- Marcos do Val (Podemos-ES)
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Angelo Coronel (PSD-BA)
- Jorge Kajuru (PSB-GO)
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
- Magno Malta (PL-ES)
- Rogério Carvalho (PT-SE)
- Fabiano Contarato (PT-ES)
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
Suplentes
- Sérgio Moro (União-PR)
- Eduardo Girão (Novo-CE)
- Veneziano Vital do Rego (MDB-PB)
- Jaques Wagner (PT-BA)
- Randolfe Rodrigues (PT-AP)
- Esperidião Amin (PP-SC)



