
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vai aos Estados Unidos para se reunir nesta semana com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. O chefe do Itamaraty acompanhou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em viagem a Roma e ao Vaticano nesta segunda-feira (13).
Em vez de retornar ao Brasil, o chanceler vai direto de Roma para Washington, capital norte-americana, para encontrar Rubio e discutir a crise diplomática entre os governos. A programação ainda não foi oficializada.
Estão na pauta temas de interesse comum na esfera econômico-comercial, mas também outras prioridades regionais. Para integrantes do governo Lula, eles podem já começar a discutir, além do tarifaço e das sanções a autoridades brasileiras, um possível acordo na exploração de minerais críticos (com foco em reservas nacionais de terras raras), e os planos de regulação de big techs no Brasil e até a crise na Venezuela.
O presidente Lula já pediu a Trump a revogação da sobretaxa de 40% sobre as exportações brasileiras aos EUA e das punições com cassação de vistos e a Lei Magnistky.
Em telefonema na quinta-feira passada, Rubio convidou Vieira a estar presente e liderar uma discussão entre equipes de governo, o que confere aspecto político ao encontro em Washington.
Filho de imigrantes cubanos, Rubio conversou com Vieira por cerca de 15 minutos, a fim de agendar a reunião para esta semana.
A conversa foi uma ordem de Trump, que há uma semana indicou a Lula e seus ministros, por telefone, que Rubio seria seu interlocutor oficial para tratar da relação com o Brasil.
A reunião entre Vieira e Rubio é também uma espécie de prévia ao futuro encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, que pode ocorrer na Malásia, na entre 26 e 27 de outubro. Os dois também se dispuseram a viajar ao Brasil ou aos EUA.
Ambos foram convidados para a Cúpula da Asean, bloco econômico do Sudeste Asiático, e planejam estar em Kuala Lumpur na mesma janela.
Assim, desenha-se um roteiro de agrado de diplomatas: o breve encontro no backstage da ONU entre Lula e Trump, um telefonema presidencial e uma reunião entre seus chefes diplomáticos para então preparar encontro mais longo de trabalho entre os presidentes.




