
O governo Lula exonerou uma série de indicações do Centrão que ocupavam cargos em segundo escalão. As demissões atingem aliados do presidente do PP, o senador Ciro Nogueira, e de deputados do PSD, presidido por Gilberto Kassab.
De acordo com o g1, as demissões também alcançam nomes do MDB e do União Brasil. A ação ocorre após a derrubada da medida provisória (MP) 1.303/2025 que substituiria o aumento do IOF.
Foram desligados funcionários da Caixa Econômica Federal, Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e Superintendências no Ministério da Agricultura.
A medida não atinge, no entanto, as indicações do deputado Arthur Lira (PP-AL), que se ausentou do plenário durante a votação sobre a MP. O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, por exemplo, é ligado a Lira e deve permanecer no cargo.
Ao g1, questionado sobre as demissões, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que "não dá pra ser casado e ter vida de solteiro".
Pelo lado do MDB, Igo Gomes Brasil foi exonerado da superintendência do Dnit em Roraima. Ele foi indicado pela deputada Helena Lima (MDB-RR). A parlamentar votou pela retirada da MP da pauta, contrariando a orientação do partido.
Foram demitidos quatro nomes indicados pelo PSD para superintendências regionais do Ministério da Agricultura.
Na avaliação de deputados, a retaliação ao partido “não faz sentido”, já que o PSD sempre entrega a maioria dos seus votos a favor do governo. Na votação da MP, foram 20 votos a favor do governo e 18 contrários.



