
Os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Zé Trovão (PL-SC) e Marcos Pollon (PL-MS) são alvos de processos disciplinares no Conselho de Ética da Câmara. Os procedimentos foram abertos nesta terça-feira (7) a pedido da direção da Casa por causa do motim que bloqueou as atividades no plenário em agosto. A paralisação aconteceu como protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o g1, a abertura é a primeira fase do procedimento no Conselho de Ética. O presidente do colegiado, Fabio Schiochet (União-SC), ainda deverá escolher os relatores do caso. A Mesa Diretora da Câmara pede a suspensão dos parlamentares.
O envio dos pedidos de suspensão foi assinado por todos os integrantes da direção da Câmara, com exceção dos vice-presidentes Altineu Côrtes (PL-RJ) e Elmar Nascimento (União-BA).
Com o pedido, a Mesa Diretora endossou os argumentos apresentados pela corregedoria da Câmara. Comandado pelo deputado Diego Coronel (PSD-BA), o órgão avaliou que o trio teve as atitudes mais graves durante a paralisação.
Punições pedidas nas denúncias
- Marcos Pollon (PL-MS): suspensão do mandato por 90 dias por declarações difamatórias contra a cúpula da Câmara; e outro pedido de suspensão, por 30 dias, por obstruir o acesso de Hugo Motta à cadeira de presidente
- Marcel van Hattem (Novo-RS): suspensão do mandato por 30 dias por obstruir o acesso de Hugo Motta à cadeira de presidente
- Zé Trovão (PL-SC): suspensão do mandato por 30 dias por obstruir o acesso de Hugo Motta à cadeira de presidente.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 6 de agosto, parlamentares de oposição pernoitaram na Câmara dos Deputados e no Senado em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O objetivo do grupo era pedir que fossem colocados dois projetos em pauta no plenário o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a anistia geral, ampla e irrestrita.
Às 20h30 daquele dia, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) foi impedido de dar início à sessão presencial que estava marcada, precisando negociar com os manifestantes por cerca de duas horas.
Já no Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) converteu a sessão que estava agendada para o dia 7, às 11h, em semipresencial, para garantir que a pauta não fosse interrompida.


