
Presa desde julho na Itália, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou que vai fazer greve de fome para protestar contra a decisão da Justiça italiana, apresentada na quarta-feira (8), que determinou que a parlamentar continue em regime fechado até a conclusão do processo de extradição ao Brasil. Ela escreveu uma carta para o Ministério da Justiça da Itália, conforme O Globo.
No documento, Carla faz referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao acusar o magistrado italiano Carlo Nordio de acolher a "decisão injusta e sem provas de um juiz brasileiro, que foi recentemente sancionado pelo presidente Donald Trump. A parlamentar também afirma ser vítima de perseguição política.
Ela argumenta que a decisão de Nordio é resultado da pressão do governo brasileiro contra o ministro italiano. "Se o governo fez pressão, a greve de fome também fará", diz trecho do documento publicado nas redes sociais.
Ela também cita o Hamas, tráfico de drogas e terrorismo:
"O senhor está do lado que apoia Hamas, tráfico de drogas, terrorismo, Irã, regimes narcoditadores como na Venezuela, ditadura de Cuba, entre outros pela América do Sul e África. De mãos dadas com o presidente que disse não à extradição de Cesare Battisti, mesmo ele não sendo cidadão brasileiro", escreveu.
Condenação e prisão
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão pelo STF por uma invasão aos sistemas do CNJ. Antes da decisão transitar em julgado, ela deixou o país e foi incluída na lista vermelha da Interpol.
Em julho, ela foi presa na Itália, onde aguarda o desfecho do processo de extradição. Atualmente, está detida na penitenciária feminina de Rebibbia.

