
Mais de um mês após o Partido Liberal (PL) decidir expulsar o deputado federal Antônio Carlos Rodrigues, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, voltou atrás e permitiu a permanência do parlamentar na legenda, mediante a advertência.
Durante entrevista, em julho, Antônio Carlos Rodrigues criticou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar a Lei Magnitsky ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Na ocasião, para justificar a expulsão do deputado — com cerca de 25 anos de filiação no partido — Valdemar disse que a pressão na bancada "foi muito grande".
"A pressão da nossa bancada foi muito grande. Nossos parlamentares entendem que atacar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma ignorância sem tamanho" disse Valdemar, em nota oficial, complementando: "Trump é o presidente do país mais forte do mundo".
Ao Metrópoles, Antônio Carlos Rodrigues disse que a sanção a Moraes é o "maior absurdo que já viu na vida política":
— O Alexandre é um dos maiores juristas do país, extremamente competente. Trump tem que cuidar dos Estados Unidos. Não se meter com o Brasil como está se metendo — afirmou.
O Conselho de Ética do partido afirmou que o parlamentar "agiu dentro dos limites do direito à liberdade de expressão", mesmo que a opinião "seja divergente dos seus colegas de partido". As informações são do jornal O Globo.
"Concluiu assim o Conselho de Ética do Partido Liberal que não havia fundamento legal para a instauração de processo ético-disciplinar contra o Deputado Antonio Carlos Rodrigues, sendo a medida mais adequada, considerando os fatos, advertir o Deputado, recomendando não reincidir nesse tipo de conduta", disse o partido em nota.




