
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotará um novo slogan para apresentar as ações e fortalecer a comunicação. A partir da semana que vem, as peças publicitárias trarão a frase "Do lado do povo brasileiro" no lugar de "União e Reconstrução", slogan adotado no início do governo.
A nova marca foi apresentada na reunião ministerial comandada pelo presidente Lula na manhã desta terça-feira (26). Na ocasião, Lula e os membros do governo usaram um boné com os dizeres "O Brasil é dos brasileiros".
Dentro do governo, há um entendimento de que a etapa de "união e reconstrução" do país já foi cumprida e o novo slogan sinaliza as ações para reta final do mandato, focadas em defender a soberania, buscar justiça social e "cuidar das pessoas".

Críticas a Trump e defesa da soberania
Nesta manhã, ao comandar a reunião de ministros, o presidente reafirmou a defesa da soberania nacional e criticou a política do governo dos Estados Unidos de elevar as tarifas contra parceiros comerciais. De acordo com Lula, o Brasil não aceitará "desaforo, ofensas e petulância de ninguém".
Lula orientou seus ministros a defenderem a soberania do país em seus discursos públicos. Ainda assim, disse que o governo brasileiro segue à disposição para negociar as questões comerciais.
— Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia. A gente não quer mais. A gente quer esse país democrático e soberano, republicano — acrescentou.
O presidente ainda criticou a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo norte-americano e defendeu que o Congresso Nacional comece a discutir a cassação do parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo foi morar nos Estados Unidos em março, sob a alegação de perseguição política. Desde então, tem atuado junto às autoridades norte-americanas para a aplicação de sanções ao Brasil. Para Lula, o comportamento do deputado é, "possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus".
Eduardo e o pai foram indiciados pela Polícia Federal no inquérito que apurava suspeita de obstrução de processo e atuação contra autoridades brasileiras.
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, as condutas investigadas teriam como finalidade prejudicar o andamento do processo em que Jair Bolsonaro responde por tentativa de golpe de Estado.


