
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro realizaram protestos neste domingo (20) em Brasília e Belo Horizonte. As manifestações tiveram como alvo principal o Supremo Tribunal Federal (STF), além de demonstrações de apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Não há estimativas oficiais nem dos organizadores sobre o número de participantes nas manifestações.
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro compartilhou fotos das atividades em Brasília, que chamou de "manifestação espontânea". Entretanto, o ato, denominado "Caminhada pela Liberdade", foi convocado por parlamentares como a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Em ambos os protestos, houve demonstrações de apoio a Donald Trump. Em Belo Horizonte, manifestantes chegaram a defender medidas punitivas do governo estadunidense contra o Brasil, como tarifas sobre importações, alegando que seriam estratégias para “mudar o país”. Participantes afirmaram lutar por mais liberdade de expressão e contra o que consideram "censura no Brasil".
Brasília
Em Brasília, centenas de apoiadores se reuniram no Eixão Sul, região central da capital federal, para protestar contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ato teve gritos de “presidente Trump, contamos com você” e “fora Moraes”, além de bandeiras dos EUA, de Israel e do Brasil Império, segundo a Folha de S. Paulo.
Durante o protesto, os manifestantes comemoraram a decisão do governo de Donald Trump, anunciada na sexta-feira (18), que revogou os vistos americanos do ministro Alexandre de Moraes, de familiares e aliados na corte, após articulações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Os manifestantes caminharam cerca de 1 quilômetro e encerraram o protesto com orações e o hino nacional.
Belo Horizonte
Já na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o movimento Direita BH promoveu manifestação com críticas ao STF, especialmente a Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que investigam Bolsonaro por tentativa de golpe. Cartazes pedindo a saída do ministro foram exibidos pelos participantes, de acordo com a CBN.
O coordenador do grupo, Cristiano Reis, afirmou que o ato já estava previsto antes da operação recente da Polícia Federal na casa de Bolsonaro, mas ganhou força após a ação do Supremo. Segundo ele, o objetivo é pressionar para que o tribunal “deixe de agir como corte política e volte a atuar como corte constitucional”. O movimento não estimou o número de participantes, mas anunciou novos protestos para agosto e setembro.
PL quer ir para ruas
Na sexta-feira (18), o Partido Liberal (PL) começou a planejar manifestações em resposta às medidas cautelares impostas a Bolsonaro. Em nota divulgada no Instagram, a legenda diz que "o povo deve voltar às ruas de forma pacífica e ordeira".
O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcanti (RJ), também se manifestou e publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) a frase "Brasil nas ruas já!".
Em seu último ato, realizado em 29 de junho, o ex-presidente reuniu 12,4 mil pessoas. O número é o menor registrado em São Paulo em manifestações bolsonaristas desde que Bolsonaro deixou a Presidência em 2022.


