
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel, reafirmou nesta quinta-feira (15), em diferentes momentos de sua oitiva na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado, que foi o governo Lula quem "mandou chamar a polícia para acabar com fraude do INSS".
A frase foi repetida por Maciel enquanto ele respondia a questionamentos de dois senadores da oposição, Sergio Moro (União-PR) e Eduardo Girão (Novo-CE), sobre suposta omissão do governo Lula ante as fraudes.
— É nesse momento, entre 2019 e 2022, que o ladrão entra na casa. Porque o fim da revalidação e a expectativa anterior que houvesse revalidação fez com que 11 novas associações se credenciarem no INSS. Essas empresas, que mais tarde descobrimos que eram 100% fraudulentas, a maior parte delas se estabeleceu nesse período — disse o ministro.
O ministro frisou que as empresas sob investigação da Polícia Federal se "estabeleceram" durante o governo Jair Bolsonaro e que assumiu a pasta "consciente" da tarefa que enfrentaria. e que quer "virar a página, ressarcir aposentados e encontrar os culpados".
Ele afirmou ainda que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva o de apurar até "as últimas consequências" fraudes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e não permitir que nenhum aposentado saia no prejuízo.
— As fraudes não começaram agora, mas terminaram neste governo. Foi nosso governo que pôs fim aquela farra para preservar os aposentados e punir aquelas associações. O presidente Lula já determinou que doa a quem doer, essa investigação vai até o fim para responsabilizar todos aqueles que estão envolvidos nas fraudes, não vai haver proteção a ninguém — disse.
As declarações foram realizadas durante participação do ministro em sessão da comissão do Senado para prestar informações sobre as fraudes relacionadas a descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do INSS.
O pedido de audiência foi feito pelos senadores Sergio Moro (União-PR), Dr. Hiran (PP-RR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Rogério (PL-RO)