O Senado vai criar oficialmente uma bancada feminina. O projeto de resolução será votado nesta terça-feira (9). A bancada será presidida inicialmente pela senadora Simone Tebet (MDB-MS), adversária de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na disputa pela presidência da Casa, em fevereiro. A liderança será rotativa, ou seja, compartilhada em um sistema de rodízio entre as 12 senadoras a cada seis meses. A representante terá direito a uma cadeira no Colégio de Líderes, que define a pauta do Senado, e também espaço para orientação e discurso no plenário.
"O que queremos é defender projetos estratégicos para o País sob a ótica da sensibilidade da mulher. Estamos preparadas para discutir o que quer que seja: economia, emprego, renda, melhoria da educação e da saúde, direitos trabalhistas, combate à violência contra a mulher", informou Tebet em nota.
Conforme o Estadão/Broadcast apurou, a liderança foi negociada com Pacheco em uma reunião com as senadores na semana passada. No momento, a bancada feminina descarta a possibilidade de ter acesso a um gabinete no Senado, o que poderia aumentar os custos e a distribuição de cargos.
Nesta terça-feira, em função do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8, o Senado reservou o plenário para uma pauta voltada aos direitos da mulher. É a segunda liderança que Pacheco cria em sua gestão. No mês passado, ele deu aval para criação da liderança da oposição, presidida por Randolfe Rodrigues (Rede-AP).