![GIULIANO GOMES / PR PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO GIULIANO GOMES / PR PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/24033248.jpg?w=700)
Acorrentado e algemado, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB) foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba, nesta sexta-feira (19). O peemedebista foi submetido a exames antes de ser transferido para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense.
Na quinta-feira (18), os juízes federais Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba, e Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal, do Rio, determinaram a remoção do ex-governador para o presídio no Paraná por causa de regalias na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio, onde o peemedebista estava custodiado. Cabral chegou a Curitiba no fim do dia.
Relatório do Ministério Público do Rio apontou luxos e privilégios na prisão em Benfica. A 11ª Promotoria de Investigação Penal fiscalizou o local em 24 de novembro e destacou que na Galeria C — onde ainda estava preso Cabral e onde estão outros alvos da Lava-Jato — havia "linguiças fritas ainda quentes". Os promotores encontraram "alimentos in natura diversos, como queijos e frios, pó de café, chás e alimentos que necessitavam de preparo com calor dentro da cela".
O MP do Rio ajuizou ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-governador, o secretário de administração penitenciária, o subsecretário de gestão penitenciária, os diretores e subdiretores de Bangu VIII e da Cadeia Pública de Benfica — unidades prisionais que abrigaram o peemedebista, em razão do tratamento diferenciado.
Cabral foi condenado a 87 anos de prisão na Lava-Jato. Deste total, 14 anos e dois meses de reclusão por corrupção e lavagem de dinheiro foram impostos por Moro.