
Em reunião neste sábado (20), em Brasília, a Executiva Nacional do PSB decidiu defender a renúncia do presidente Michel Temer. O partido ocupa o Ministério de Minas e Energia, que tem como titular Fernando Coelho Filho (PSB-PE), mas não fez menção de entregar o cargo na nota divulgada após a reunião.
A decisão foi tomada três dias após vir à tona as primeiras informações sobre a delação premiada do Grupo JBS e que resultou em abertura de investigação contra o peemedebista por três crimes: corrupção passiva, obstrução de justiça e participação em organização criminosa.
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A reunião extraordinária da Executiva do PSB foi convocada pelo presidente do partido, Carlos Siqueira. Líderes da sigla afirmaram que a permanência no governo era insustentável após a divulgação das gravações entre o dono da JBS, Jesley Batista, e o presidente Temer.
Além de defender a renúncia de Temer, o partido também decidiu apoiar a proposta de emenda à Constituição que prevê eleições diretas em caso do presidente e vice deixarem o cargo.
No fim de abril, a direção do PSB já havia definido votar contra as reformas trabalhista e da previdência do governo Temer.
