A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar a invasão do plenário da Câmara dos Deputados, ocorrida na tarde de quarta-feira. A investigação identificou o envolvimento de 40 pessoas no protesto que pedia intervenção militar no país. Também foram instaurados dois termos circunstanciados para apurar lesão corporal contra um policial legislativo, que ficou ferido no ato. As informações são da Rádio Gaúcha.
Após negociação com parlamentares e policiais, os manifestantes deixaram o plenário da Câmara na tarde passada e foram levados à sede da PF. Nesta quinta, nenhum permanecia detido. A porta de vidro na entrada do local onde ocorrem as sessão legislativas foi destruída. Apesar da confusão no início do protesto, a saída do local ocorreu de forma pacífica.
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Durante o período de ocupação do plenário, os manifestantes gritavam palavras de ordem como "queremos general" e "viva Sérgio Moro". Em meio ao tumulto, integrantes do grupo deram declarações divergentes à imprensa. Enquanto uns defendiam a volta dos militares, outra diziam que o objetivo era combater a corrupção, mas manter a democracia.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chamou os manifestantes de baderneiros e disse que não iria conversar com eles. Nesta quinta, admitiu que o esquema de segurança do Congresso precisa ser revisto para evitar outra invasão.