A Câmara de Vereadores de Caxias do Sul começou a analisar, na manhã desta quinta-feira (2), será será aceito o pedido cassação do vereador Sandro Fantinel (sem partido). Os parlamentares vão votar a admissibilidade do pedido que se refere às declarações preconceituosas que Fantinel fez na tribuna, na última terça-feira (28), se referindo ao caso de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves. Na ocasião, Fantinel sugeriu aos produtores e empresários que "não contratem mais aquela gente lá de cima", e disse dos baianos que "a única cultura que eles têm é tocar tambor na praia".
O início da sessão foi marcado por uma manifestação de cerca de 150 pessoas contrárias ao discurso do parlamentar relacionado ao caso de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves e pela cassação dele.
Diversos movimentos sociais e representantes de partidos políticos, mais ligados à esquerda, estão presentes entre os manifestantes. Dos gritos. o mais repetido é "com luta, com garra, fascista sai na marra", que se repete em cartazes erguidos pelos protestantes. Em referência à fala de Fantinel, os manifestantes trouxeram tambores para a sessão, que são tocados junto com os gritos de protesto.
Os vereadores das bancadas do PT e PSD retiraram o pedido de cassação do vereador Sandro Fantinel, por entender que poderia prejudicar o andamento do processo. Os parlamentares, por serem partes envolvidas, poderiam ser impedidos de votar e participar das discussões. Dessa forma, o pedido de abertura de processo de cassação protocolado pelo ex-vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu será o único avaliado pela Casa, e os demais serão anexados ao pedido.
O único vereador ausente na sessão é Sandro Fantinel, que assim como na sessão de ontem não compareceu. A reportagem do Grupo RBS tenta contato, mas ele não atende às ligações nem responde às mensagens enviadas.
A sessão chegou a ser suspensa por mais de meia hora, mas já foi retomada.