
O balanço da Brigada Militar (BM) aponta crescimento nas prisões e ocorrências atendidas em Gramado e Canela no ano passado. Segundo a corporação, foram 1.345 prisões nas duas cidades e 7.085 atendimentos. Para o 1º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (1º Bpat) o crescimento é resultado de uma maior presença policial nas ruas.
— Houve uma significativa diminuição nos furtos na região e isso não é à toa. É o resultado de trabalho árduo, planejamento, organização e do empenho de cada policial militar. Muitas pessoas não percebem, ou esquecem, mas enquanto dormem há viaturas nas ruas garantindo a tranquilidade da comunidade e impedindo que o crime aconteça — aponta o capitão Lemartine Venzo, comandante da BM em Gramado e que responde interinamente pelas ações em Canela.
A maioria dos atendimentos aconteceu em Canela, com 3.415 ocorrências e 851 prisões. Em Gramado, o número de ocorrências foi semelhante, mas de prisões, menor: 3.670 e 494, respectivamente. Somadas as duas cidades, os números de prisões cresceram 6,7% na comparação com 2018 _ quando aconteceram 1.260 detenções.
Outro número destacado pela BM é o de abordagens de pessoas e fiscalização em veículos. Em Gramado, foram mais de 49 mil pessoas identificadas e quase 35 mil veículos revistados. Em Canela, outras 26 mil abordagens e 15 mil fiscalizações em automóveis.
— É possível computar as ocorrências atendidas, as prisões realizadas, mas não conseguimos mensurar o número de crimes que evitamos com a presença da viatura, seja nos pontos turísticos, na área central e nos bairros. As abordagens e a presença dos PMs contribuem para constranger ou inibir o criminoso que tem a intenção de praticar algum ato ilícito — reforça o capitão Venzo.
Crimes contra o patrimônio reduzem, homicídios preocupam
No início do mês, a Polícia Civil já havia divulgado os índices criminais em Canela. A principal redução ocorreu nos números de furtos, com uma queda de 22%: foram 627 registros em 2018 contra 486 no ano passado.
O número de assaltos se manteve estável (58 casos contra 61 em 2019). De acordo com o delegado Vladimir Medeiros, o problema foram os roubos a pedestres que aumentaram de 35 casos em 2018 para 45 no ano passado.
A pior estatística foi a de homicídios, que aumentaram de seis casos em 2018 para 12 mortes no passado. Segundo a Polícia Civil, o aumento foi relacionado à disputa entre traficantes de grupos rivais, seja por dívidas ou territórios para venda. Por outro lado, o delegado Medeiros ressalta que todos os assassinatos tiveram êxito nas investigações, com identificação e representações por prisões de seus acusados.

