O CTG Sinuelo, fundado em 1986 na antiga Metalúrgica Abramo Eberle (Maesa), vive um dos momentos mais desafiadores de sua história com a perda da sede, no bairro Exposição, em Caxias do Sul. O espaço emprestado ao grupo foi leiloado. Agora, os cerca de 200 integrantes buscam um novo local, contando com a solidariedade da comunidade.
A primeira sede do CTG foi nos pavilhões da Maesa, até que, em 2015, o espaço foi tombado como patrimônio histórico. Depois disso, em 2017, a atual proprietária da metalúrgica, a Mundial S/A, cedeu um dos pavilhões para que a entidade o utilizasse como sede.
De acordo com o patrão da entidade, Luiz dos Santos, o galpão era utilizado para os ensaios das invernadas mirim, juvenil e adulta, além de sediar eventos para custear as despesas do CTG. A notícia do leilão do espaço chegou no início de setembro.
— A Mundial cedeu esse espaço para nós, e nós cuidávamos dele, mantendo-o para não ser invadido. Até que, recentemente, para o nosso susto, colocaram o prédio em leilão e, logo em seguida, veio a notícia de que ele foi vendido. Foi em um período de um mês. Quando perguntamos até quando poderíamos ficar, a resposta foi de 20 dias para desocupar. Foi bem perto da Semana Farroupilha, imagina a correria — conta.

Desde então, segundo o patrão, a entidade busca auxílio da prefeitura e da Câmara de Vereadores.
— Estamos procurando o apoio das autoridades para conseguir um lugar o mais rápido possível para dar sequência no nosso trabalho, porém, conversamos muito e o retorno é muito pouco — lamentou Luiz.
Outra alternativa que a entidade está buscando é o edital Avançar Tchê do Governo Estadual. Caso a entidade seja contemplada, pode receber de R$ 20 a 40 mil para investir na infraestrutura.
— Nós fizemos os projetos, estamos concorrendo e já passamos em duas etapas. Agora estamos esperando a próxima. É um dinheiro que vai ajudar muito, principalmente com os custos da mudança de agora — ressaltou Luiz.
Atualmente, a entidade corre contra o tempo para desocupar o local:
— Nós ganhamos ajuda de um casal que nos emprestou um porão para guardarmos os pertences enquanto não encontramos um novo local. Estamos tentando manter o foco da gurizada, se não, perdemos tudo — conta o vice-patrão, Alex dos Santos.
A Mundial S/A foi contatada pela reportagem, mas optou por não comentar o assunto.
Como ajudar
Apesar das dificuldades financeiras, a entidade se disponibiliza a pagar o aluguel. Porém, precisa de um local de pelo menos 400 metros quadrados e com valores acessíveis. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (54) 99110-0827, com Luiz, ou pelas redes sociais do CTG.



