
A sustentabilidade ambiental, econômica e social de Antônio Prado garantiu ao município de 13,5 mil habitantes a distinção de ser uma das melhores vilas turísticas do mundo.
O selo concedido pela ONU Turismo foi recebido pelo prefeito, Roberto Dalle Molle, e pela secretária do Turismo, Patrícia Schenkel, nesta sexta-feira (16), durante a assembleia anual da organização em Huzhou, na China.
Antônio Prado agora está junto da Rota do Eixaimel, em Pomerode (SC), como as únicas atrações brasileiras reconhecidos pelo órgão. Na edição de 2025, outras sete cidades do país concorriam ao prêmio.
Em Antônio Prado, que carrega a alcunha de ser a cidade mais italiana do Brasil, características como a taxa de população abaixo dos 15 mil habitantes, a geografia protegida pelos vales e a preservação da cultura a credenciaram à pré-seleção.

Responsável pela inscrição do município no concurso, Patrícia precisou responder a mais de 80 páginas de um questionário sobre as políticas públicas em ação que se interligam ao turismo e tratam sobre sustentabilidade:
— A nossa responsabilidade aumenta muito, entramos numa seleta seleção internacional. Para isso, precisamos comprovar as políticas de saúde pública, educação e agricultura que valorizam o patrimônio material e imaterial, como o programa Conecta Rural, que levou internet ao interior. Este selo veio por coincidência no ano de comemoração dos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, então é realmente muito especial.
Antônio Prado estima ter recebido cerca de 45 mil turistas no último ano, um aumento de 900% em relação a 2019. A cidade conta atualmente com 550 leitos de hospedagem.
A premiação foi instituída em 2021 e atualmente conta com 254 membros. Além de Antônio Prado concorriam Linha Bonita, em Gramado (RS), Cocanha (SP), Conceição de Ibitipoca (MG), Delfinópolis (MG), Grão Mogol (MG), Leoberto Leal (SC) e Piraí (SC).
O município da Serra receberá um selo de boas práticas.
35 anos do tombamento histórico
Além dos 150 anos da imigração italiana no RS o prêmio foi recebido no ano em que a cidade completa 35 anos do tombamento de 47 edificações.
O acervo arquitetônico, formado por prédios de madeira e alvenaria ocupa as avenidas dos Imigrantes e Valdomiro Bocchese e é um dos símbolos da cidade.




