
O segundo dia da 10ª Fiema Brasil, que é realizada no FundaParque, Bento Gonçalves, foi aberto por um encontro de mulheres empreendedoras. Subiram ao palco Suelen Joner, head de Sustentabilidade do grupo Azzas 2154; Paula Bragagnolo, analista de pesquisa e desenvolvimento da Galvanotek; Viviane Cecilia Lunelli, presidente da Lunelli; e Marijane Paese, empresária da Paese Comércio de Ferragens.
O encontro ocorreu durante o 6º Meeting Empresarial, na manhã dessa quarta-feira (21). As quatro painelistas debateram a sustentabilidade pelo viés de diferentes segmentos, como a moda, design e indústria. Na avaliação das convidadas, as empresas têm peso decisivo na propagação ações sustentáveis na comunidade.
Marijane destacou que é necessário engajar ainda mais as indústrias em torno do tema, sobretudo promovendo a conexão com diversos segmentos para pensar em soluções sustentáveis e boas práticas.
— Percebo que as empresas se envolvem pouco. E nós precisamos uns dos outros. É importante promover a inovação e aprender com pessoas de áreas diferentes — disse.
Paula se posicionou contrária ao consumo excessivo, ao mesmo tempo que defendeu o papel ativo do cliente perante o funcionamento das empresas, sobretudo como condutores de tendências:
— A motivação do consumidor gera decisões, e precisamos interpretar suas necessidades. Através das ações que promovemos também como marca, conseguimos nos comunicar para que os produtos façam sentido para os consumidores. A sustentabilidade não é mais uma pauta externa, mas uma lente de criação interna.
Embrapa lança projeto para recuperar propriedades agrícolas atingidas pela chuva

Na parte da tarde, durante o 8º Seminário Brasileiro de Gestão Ambiental na Agropecuária, a Embrapa Uva e Vinho realizou o lançamento de um novo projeto que irá impactar a agricultura na Serra Gaúcha.
O Programa Recupera Rural RS foi apresentada pelo Chefe Geral da Embrapa Uva e Vinho, Adeliano Cargnin. O projeto é baseado em um amplo estudo desenvolvido pela entidade no ano passado. Os técnicos analisaram os impactos da chuva de maio em propriedades da região e sugerem soluções para tornar esse espaços mais resilientes.
— Depois desse amplo diagnóstico, vamos trabalhar na implementação de soluções tecnológicas e boas práticas nas propriedades locais. É um projeto de médio a longo prazo, mas de grande importância, porque não sabemos qual será o impacto da próxima chuva intensa — frisa.
Segundo Cargnin, a Embrapa irá selecionar algumas propriedades da região para executar essas mudanças e torná-las modelos. A empresa irá buscar apoio financeiro para custear as adaptações. Essa fase do projeto deve começar no segundo semestre do ano.
Conexão Brasil e Peru discute resiliência na construção civil e planejamento urbano
Ainda durante a tarde, o 8º Congresso Internacional de Tecnologia pra o Meio Ambiente promoveu um painel sobre o planejamento urbano na construção civil e nas infraestruturas resilientes.
O evento contou com uma participação internacional: a mestre Ana Aguirre Abarca, da Universidad Andina del Cusco, no Peru. A painelista trouxe a expertise do país em se adaptar para suportar eventos climáticos extremos como terremotos, inundações e desmoronamentos.
Já o doutor Joel Avruch Goldenfum, Secretário Executivo do Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática do RS, apresentou o panorama dos desastres do Estado após maio do ano passado.
De forma geral, o debate buscou apresentar soluções construtivas que ofereçam resistência diante da nova realidade que o Rio Grande do Sul enfrenta.
— Toda a regulação das construções precisa, agora, atender a essa nova necessidade. Dentro da engenharia ambiental, precisamos buscar modelos que suportem as novas necessidades — pontuou o mediador do painel, Vinício Cecconello, doutor da Universidade de Caxias do Sul.
Serviço
- O quê: 10ª Fiema Brasil
- Quando: até quinta-feira (22) das 9h às 20h
- Onde: FundaParque – Alameda Fenavinho, 481
- Informações e ingressos: fiema.com.br. O acesso ao evento para os visitantes é gratuito. Basta preencher a inscrição prévia no site da Fiema Brasil. Contudo, para participar das palestras previstas durante os três dias é necessário pagar uma taxa, conforme o evento.