Para celebrar os 150 anos da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul, Caxias do Sul receberá a construção de um monumento na Praça da Estação, no bairro São Pelegrino. Iniciativa da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) lançada na terça-feira (8) e assinada pelo arquiteto Renato Sólio, a obra simboliza o desenvolvimento do município e da Serra a partir da chegada dos imigrantes.
O monumento será composto por 150 tubos de aço, que representam os 150 anos, e um bloco de concreto que homenageia aqueles que enfrentaram desafios para construir as bases da cidade, como explica o conceito do arquiteto.
Vista de cima, a obra também formará o símbolo do infinito. Um desenho simbólico que representa a conexão de gerações e a continuidade do desenvolvimento de Caxias.
— A grande inspiração é a ideia de homenagear de fato esse momento, já que eu considero que as pessoas que aqui chegaram, que vieram de longe, muitas vezes elas lá tinham uma posição mais difícil no sentido de serem operários, de serem pequenos agricultores, enfim. E chegaram aqui e tiveram que tomar a iniciativa de empreender, eu diria — explica Sólio.
A linha formada pelos tubos também dará a impressão do crescimento contínuo.
Participação da sociedade e homenagens
No momento, o projeto está em fase de captação de recursos. Como explica Sólio, a população pode auxiliar na viabilidade da obra. Uma placa será construída junto ao monumento com o nome de quem colaborar.
Por um site próprio do projeto, interessados podem adquirir uma cota de pessoa física, no valor de R$ 1 mil, ou de pessoa jurídica, no valor de R$ 5 mil.
Sólio lembra que pode ser uma oportunidade para homenagens a antepassados:
— Isso pode se estender inclusive a pessoas in memoriam, já que sabemos que foram nossos bisavós e avós os imigrantes que chegaram.
O objetivo é que o monumento seja erguido até o fim do ano. De todas as ações que estão previstas para 2025, a obra ficará como a lembrança da celebração.
— É um propósito tão importante para a cidade que vai ficar um marco. A ideia é que isso se materialize mesmo. Porque sabemos que ao longo desse ano tem muitos eventos, mas são eventos efêmeros. Com isso, conseguimos procurar uma solução que deixe marcada mesmo para a cidade os 150 anos da imigração — descreve o arquiteto.