Semana Farroupilha de Caxias do Sul encerra com pontos positivos e negativos

Foram 10 dias de festividades, mais de 300 mil visitantes e mais de 250 acampamentos. Em números, a Semana Farroupilha de Caxias do Sul, no Parque da Festa da Uva, superou a edição anterior. A jornalista Manuela Teixeira, titular da coluna De Galpão, acompanhou a programação do evento, circulou pelos pavilhões e elencou os pontos positivos e negativos da festa.

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O preço dos itens do setor alimentício surpreendeu. Quase que diariamente, os leitores ligavam ao jornal relatando os altos custos da bebida e comida do acampamento. A lata de refrigerante era comercializada por R$ 4, mesmo preço da H2O.

A água mineral custava um pouco menos, R$3. Das bebidas alcóolicas, as duas marcas de cerveja comercializadas divergiam em R$1: a mais barata custava R$4 e a mais cara, R$5. O consumidor reclamou, mas os expositores justificavam.

- Os preços das bebidas vêm tabelados da distribuidora. Todos aqui estão vendendo pelo mesmo preço. Só que até agora ninguém lucrou. Pagamos R$8.400 pelo estande e só estamos conseguindo arcar com as despesas -  conta um comerciante que prefere não se identificar.

Porém, em se tratando de artigos campeiros, a festa estava bem servida: dois restaurantes valorizaram a comida tpipica em seu cardápio e pelo menos quatro estandes comercializavam artigos e indumentária gaúcha, possibilitando aos tradicionalistas a aquisição de bons produtos do ramo.

No acampamento campeiro, galhos secos e podres caíram sobre algumas barracas durante as chuvas. Na "Barraca dos Borrachos", um galho caiu sobre a barraca de uma integrante, arranhando seu ombro. Em outros acampamentos, a reclamação é a mesma: falta revisão por parte da comissão organizadora quanto às árvores secas no local.

Mas a festa encerrou com saldo positivo: a programação artística e campeira agradou e, em relação a arrecadação de alimentos, a comunidade colaborou e 12 toneladas foram recolhidas pelo Banco de Alimentos, seis a mais do que o ano passado, e serão distribuídas para 87 entidades.

POSITIVOS

- Praças de alimentação espalhadas por vários espaços do parque, como nos pavilhões 1 e 2 e próximo da cancha de laço
- Qualidade da programação, com shows de reconhecimento estadual
- Valorização de artistas locais na programação
- Cancha de laço coberta, para conforto do público e dos competidores durante os dias de chuva
- Infraestrutura do parque, com espaços cobertos
- Acústica dos pavilhões para os shows
- Parque de diversões para as crianças no pavilhão 2
- Estandes de artigos e indumentária gaúcha
- Decoração dos acampamentos no Pavilhão 1, que valorizavam a cultura gaúcha com artigos antigos ou campeiros
- Mostra de jogos campeiros
- Arrecadação de 12 toneladas de alimentos, o dobro do ano passado

NEGATIVOS

- Preços de bebidas e comidas da Praça de Alimentação
- Shows de artistas locais não estavam descritos na programação de forma específica, ou seja, não se sabia quais artistas se apresentariam
- Galhos podres e secos que caíram sobre barracas nos dias de chuva
- No domingo, um dos banheiros femininos abertos não tinha papel higiênico, toalha de papel e nem lixos ao lado dos vasos sanitários
- Estandes com chapéus de caubói, tapiocas e acarajés, e artigos africanos (que fogem da cultura gaúcha)
- Sujeira de alguns acampamentos
- Acampamentos que desrespeitaram as regras, como a de proibição de som alto depois das 23h
- Organização do estacionamento em dias de muito movimento, onde carros cadastrados não puderam entrar nos acampamentos porque veículos sem cadastro foram liberados
- A chamada "fazendinha" para as crianças nçao foi valorizada em espaço e número de animais
- Chuva intensa de sexta a domingo, responsável pelo cancelamento de dois Desfiles Temáticos