As encostas da BR-116, entre Vila Cristina, em Caxias do Sul, e Nova Petrópolis, não são monitoradas nem pelo Estado, nem pela União. No trecho, é comum pedras se desprenderam dos barrancos quando chove.
Na quinta-feira da semana passada, antes da chuva, o Pioneiro percorreu os 12 quilômetros para verificar a situação das encostas. Foram encontradas 12 evidências de que já ocorreram deslizamentos no lado direito da via, no sentido Caxias-Nova Petrópolis: pedras grandes caídas, recolhidas para a estreita margem da pista, e terra que se soltou dos barrancos. Os trechos mais críticos estão entre o km 177 e km 181.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) tem registradas duas ocorrências de queda de barreira neste ano - uma no dia 13 e outra no início de inverno. No ano passado todo, também foram duas. Até maio, os policiais acionavam a concessionária Convias, que providenciava a desobstrução da estrada quando aconteciam deslizamentos. Agora, eles precisam recorrer às prefeituras. A limpeza é executada pelos municípios de Caxias ou Nova Petrópolis, dependendo do lugar do desmoronamento.
Com o fim das concessões do pedágio, o Estado entregou em julho um levantamento patrimonial ao Ministério dos Transportes para devolver a responsabilidade da estrada ao governo federal. O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) aguarda a publicação do aceite. Depois disso, o trecho, que compreende de Campestre da Serra a Nova Petrópolis, passará a ser do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
- Além de acionarmos as prefeitura quando há desmoronamentos, comunicamos também ao Dnit, que está entrando agora no circuito de novo - explica o chefe da 5º Delegacia da PRF em Caxias do Sul, Leandro Lins Baía.
Quem está monitorando as encostas mesmo são os policiais rodoviários, ao patrulharem o trecho.
- De sexta até o início da semana que vem, a orientação é para que as equipes ficassem mais diligentes - comentou Baía.
Abandono
Encostas da BR-116, entre Vila Cristina e Nova Petrópolis, não são monitoradas nem pelo Daer, nem pelo Dnit
Com o fim dos pedágios, Estado devolveu trecho da rodovia para a União
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