A Secretaria do Meio Ambiente (Semma) de Caxias do Sul tem tentado ampliar o número de transplantes de árvores, para diminuir os cortes. Caxias tem bons exemplos de árvores preservadas, caso de uma paineira replantada em outubro passado e de jerivás retirados de propriedade do bispo emérito Dom Paulo Moretto e levadas à praça Dante, em 2003.
Na última terça-feira, por exemplo, 10 jerivás, uma palmeira imperial e três butiazeiros que poderiam ser derrubados foram salvos. As árvores foram removidas pela manhã de um terreno na Rua Olavo Bilac, bairro Rio Branco, e replantadas à tarde no Jardim Botânico, no Saint Etienne. Elas foram retiradas para uma construção futura.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Adivandro Rech, assegura que a política dos transplantes tem sido fortemente empregada, assim como a nova sistemática de podas, menos radicais. Todos os pedidos de corte passam pela avaliação do secretário. Entre esta e a próxima semanas devem ocorrer cerca de 30 transplantes.
O transplante é caro, porque exige retroescavadeira para remover a planta inteira e carreta para transportá-la ao novo lar. Conforme Adivandro, há casos em que o empreendedor aceita arcar com esse custo e faz o transplante. Mas há situações em que, diante da negativa de quem solicitou o corte, a prefeitura executa.
O próprio secretário costuma articular as conversas, na tentativa de convencer o empreendedor a transplantar. Técnicos da Semma também estão conscientizados a propor a iniciativa. Há espécies, no entanto, que não sobrevivem à mudança. É o caso de jacarandás, como o cortado semana passada onde será a Estação Principal de Integração Imigrante (EPI), no bairro Petrópolis.