
A fase do Juventude continua delicada. O time segue na zona de rebaixamento e enfrenta dificuldades para reagir na tabela. Desde a chegada do técnico Thiago Carpini, na 19ª rodada, o objetivo tem sido recuperar o desempenho coletivo e também as individualidades dentro do elenco. No entanto, alguns jogadores não conseguiram manter o nível esperado e acabaram perdendo espaço na equipe.
Casos como o do volante Giraldo e do atacante Batalla exemplificam esse cenário. Ambos já atuaram sob o comando de Carpini, mas tiveram queda de rendimento e foram deslocados para o time B, que disputa a Copa FGF. A decisão reflete a busca por alternativas e por uma resposta técnica mais consistente.
— Nós não temos um elenco tão curto assim na minha concepção. Nós temos 32, 33 atletas para uma competição. Hoje, a gente traz para os jogos 23. Ninguém aqui está fora dos planos. Se estivesse fora dos planos, a gente já teria eliminado e tirado do nosso ambiente. São questões de oportunidades de uma hierarquia — comentou Carpini, que completou:
— Usando o exemplo do Batalla e do Giraldo. O Batalla esteve comigo nos primeiros seis ou sete jogos, um ele ficou suspenso, vários deles como titular, entrando, participando. O momento que ele deixou de fazer, de cumprir a função, e deixou do dia a dia, talvez, de fazer tudo aquilo que ele tem capacidade de fazer com tanta energia, intensidade e muita seriedade, que é o que a gente precisa para esse momento. Um atleta no lugar e entrega um pouco mais, vai para o final da fila e espera a oportunidade dele.
Giraldo não é utilizado pelo Juventude desde a 24ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando foi titular na partida contra o Mirassol. Já o atacante Batalla teve sua última participação na equipe principal na 27ª rodada, entrando em campo diante do Fortaleza. Desde então, ambos perderam espaço no elenco. Os dois continuam de fora e não viajaram para Recife.
— Ninguém está fora dos planos, a mesma coisa serve para o Giraldo. O Giraldo participou de vários jogos comigo. Quando foi titular contra o Mirasol, não foi das suas melhores performances. Mas não é culpa dele, mas o coletivo naquele dia também não foi tão bom. Por outro lado, em contrapartida, o Peixoto, quando teve a oportunidade de ser titular, fez o gol da vitória contra o Bragantino e nos deu os três pontos. Quem está na frente? Peixoto. Então, é natural. O que o Batalla tem que fazer é trabalhar, boca fechada, trabalha, respeita o processo e quando estiver em campo mostra pra mim que eu estou errado. E eu adoro estar errado — explicou o treinador.



