
Aos 35 anos, Juliano Pacheco vive uma nova fase no futebol. Após encerrar a carreira como jogador há cerca de três anos, ele passou a atuar numa empresa de intermediação de atletas, mas decidiu retornar ao campo em outra função. Recentemente, iniciou sua trajetória como auxiliar técnico da Apafut, equipe caxiense que disputa a terceira divisão do Campeonato Gaúcho.
O ex-volante, que começou a carreira no Inter e defendeu o Caxias, se prepara para obter a licença B da CBF, além de retomar o curso de Educação Física.
— Faz quase dois anos que parei de atuar, e agora estou começando em outra função. Acho importante estar sempre dentro do futebol — disse em entrevista ao programa Show dos Esportes da Rádio Gaúcha Serra.
Hoje, Juliano busca transformar a vivência como atleta no Inter, Goiás, Fortaleza, Figueirense, Caxias, entre outros, em conhecimento técnico, com o objetivo de construir uma carreira sólida como treinador no futuro.
O convite para integrar a comissão técnica da Apafut veio de Jefferson Borges, um dos fundadores do clube, e de Éverson Aguiar, atual treinador.
— Como atleta, você tem uma ideia, mas comissão técnica é totalmente diferente. Cada dia é uma novidade. Você vai se adaptando, moldando seu jeito, vendo como as pessoas lidam com aquilo. A Apafut me abriu as portas para viver isso com os atletas, enxergar a montagem de treino e todos os aspectos que não aparecem na TV — comentou.
Durante a carreira como jogador, Juliano teve contato com técnicos renomados, como Tite, no Inter, e Enderson Moreira, no Goiás, e que servem como referências. Ele também cita nomes como Pingo e Rafael Lacerda, com quem trabalhou no Caxias. A decisão de se aposentar veio entre os 32 e 33 anos, motivada por questões físicas e pessoais.
— Não fazia mais sentido continuar. Eu estava sofrendo com lesões, treinava um turno e fazia fisioterapia no outro. No jogo, injeção. Vai indo para um lado que não te faz mais bem. Não me arrependo. Amo futebol. Adoro futebol. Assisto. Vivo futebol. Mas o dia a dia como atleta não dava mais. Não me fazia mais bem — finalizou.




