
A derrota para o Fortaleza, num confronto direto contra o rebaixamento no Brasileirão 2025, freou os ânimos do torcedor do Juventude, que estava muito confiante nos três pontos. Mas a queda de rendimento no segundo tempo, somada a oportunidade perdida por Gilberto em fazer 2 a 0 com 20 minutos, ao errar um pênalti, além de alguns atletas acusarem dores musculares durante os 90 minutos foram decisivos para o fracasso alviverde.
— Alguns erros vêm sendo recorrentes, as coisas vêm acontecendo muito antes da minha chegada. Se não tivesse acontecido, talvez eu nem aqui estaria. Eu vim para ajudar, pelo respeito, carinho que eu tenho pelo Juventude — apontou o técnico Thiago Carpini após o jogo.
Mesmo com a queda para a vice-lanterna da competição, que agora passou a ser o próprio Juventude, o treinador fez questão de não jogar a toalha.
— Primeiro ponto, pelo nosso torcedor, por tudo que eu já vivi aqui, estou muito incomodado assim como os atletas. E porque eu realmente acredito, se não, estava em uma zona muito confortável, poderia talvez não abraçar esse desafio e pular junto nessa empreitada. E nós vamos lutar até o final, não tem vitória nem derrota emblemática para mim hoje. É jogo a jogo, e esse jogo ficou para trás.
"A única coisa que eu peço para os atletas é luta, entrega, disposição os 90 minutos"
Restam 12 jogos e o Juventude conquistou até aqui 23 pontos. O próximo desafio é ameaçador: enfrentar o líder Palmeiras, em São Paulo, no próximo sábado (11).
— A única coisa que eu peço para os atletas é luta, entrega, disposição nos 90 minutos. Os que entram, os que começam, os que não começam, porque foi dessa maneira que a gente fez bons jogos aqui. E que o torcedor, é difícil pedir isso, mas que não jogue a toalha, não quebre esse elo — comentou Carpini.
O treinador ainda afirmou que sabia que a missão que assumiu ao aceitar o convite do Juventude há 10 rodadas era complicada. Ele só não esperava que o elenco tivesse tantas baixas nos últimos jogos.
Para o confronto com o Fortaleza ele perdeu Luan Freitas (luxação no ombro) e Caíque (fissura na costela) às vésperas do duelo. Durante o jogo com os cearenses, Rafael Bilu e Abner deixaram o gramado acusando desconforto e Ewerthon teve que ficar até o fim, mesmo com dores, porque o time já havia feito as cinco substituições.
— Eu imaginei a mesma dificuldade, eu sempre falei, desde a primeira vitória contra o Corinthians, que iria ser difícil, e que a gente precisava estar fora na 38ª rodada. O que a gente tem encontrado de mais dificuldade é não conseguir dar uma sequência, é você perder num jogo, dois zagueiros, o Caíque, os dois laterais, Gilberto lesionou, voltou, o Abner ficou fora por um mês, o Veron já tem um tempo que está fora. Essa talvez tenha sido uma dificuldade que eu não imaginava encontrar — finalizou Carpini.
O elenco alviverde volta aos trabalhos nesta terça-feira (7) pela manhã. Os laterais Marcelo Hermes e Alan Ruschel cumpriram suspensão e ficam à disposição. Já o volante Mandaca foi expulso e não enfrentará o Palmeiras.



