
O ano de 2024 foi histórico para o Juventude fora das quatro linhas. O clube alcançou a maior receita e o maior superávit de sua trajetória. Esse desempenho positivo foi divulgado no balanço financeiro assinado no dia 30 de abril, prazo estipulado pela Lei Geral do Esporte.
Em 2024, segundo o balanço oficial, o clube alcançou um superávit histórico de R$ 34,2 milhões, impulsionado por uma receita bruta de R$ 130,5 milhões, que representa um crescimento superior a 170% em relação ao ano anterior. Feito que destaca o compromisso com o equilíbrio e a saúde econômica da instituição.
— 2024 foi o ano em que mais pagamos dívidas passadas. Este ano (2025) aqui já é um pouquinho menos que temos que pagar, e ano que vem a gente já quase zera a nossa dívida. Quando falamos que teve superávit é porque a gente teve superávit no ano corrente, mas quando você tira esse superávit, é usado para pagar dívidas passadas — comentou o presidente Fábio Pizzamiglio, que completou:
— Se você não paga dívidas passadas, começa a incorrer juros e depois fica mais uma vez uma dívida impagável. Então a ideia é zerar o máximo possível, e aí todo o valor que entra para o clube vai ser investido no futebol.
Em um cenário nacional desafiador, com a maioria dos clubes da Série A lutando para fechar as contas no positivo, o feito do Juventude ganha ainda mais relevância. Das 20 equipes que compõem atualmente a elite do futebol brasileiro, além do Ju, apenas Atlético-MG (R$ 2 milhões), Bragantino (R$ 31 milhões), Fluminense (R$ 114 mil), Grêmio (R$ 44 milhões), Mirassol (R$ 4,1 milhões) e Palmeiras (R$ 198 milhões) apresentaram superávit em suas demonstrações financeiras de 2024.
O Palmeiras foi o clube com maior resultado positivo, com R$ 198 milhões, seguido pelo Grêmio, com R$ 43 milhões, e Juventude com R$ 34,2 milhões.
Por outro lado, a maioria dos clubes da Série A registraram déficit no ano passado. São eles na ordem: São Paulo (R$ 287 milhões), Bahia (R$ 246 milhões), Corinthians (R$ 182 milhões), Cruzeiro (R$ 169 milhões), Santos (R$ 105 milhões), Vasco (R$ 92 milhões), Fortaleza (R$ 80 milhões), Vitória (R$ 41 milhões), Inter (R$ 35 milhões), Sport (R$ 17 milhões), Ceará (R$ 6 milhões) e Flamengo (R$ 3 milhões).
— A gente está se virando, com o valor da TV, com posicionamento dentro desse campeonato, que agora muda a forma de distribuição dos recursos. A gente pede engajamento em redes, engajamento da nossa torcida, porque isso faz diferença no orçamento. Eu tenho que ter patrocinadores, eu tenho que ter esse percentual de engajamento para poder aumentar a receita, e isso vai refletir no futebol — finalizou Pizzamiglio.
Balanço alviverde
O relatório aponta ainda para um aumento significativo no patrimônio do clube. O ativo total, a soma de todos os bens e direitos, que uma empresa possui, apresentou um aumento de aproximadamente R$ 33,7 milhões. Passou de R$ 48,9 milhões em 2023 para R$ 82,6 milhões em 2024.
A receita bruta em 2024 foi de R$ 130,5 milhões, um aumento de mais de 170% em relação aos R$ 48,06 milhões em 2023.
O resultado do exercício de 2024 apresentou um superávit de R$ 34.226.720,14, contrastando com o superávit de R$ 1.424.214,50 em 2023.
Por fim, o documento, com 29 páginas, destaca "positivamente, que no ano de 2024, o clube apresentou a maior receita e o maior valor superavitário da sua história, primando o equilíbrio e principalmente a saúde financeira do clube".