
O Gramadense está em ascensão no futebol gaúcho. Campeão da Terceirona em 2024, o clube é vice-líder da Divisão de Acesso 2025 e busca vaga na elite do Gauchão. Organização e planejamento são as palavras que resumem o trabalho da direção liderada pelo presidente Sandro Bazzan e pelo diretor de futebol Lucas Roldo.
O time de Gramado está construindo um moderno estádio na entrada da cidade. Além de futebol, o clube mira uma grande oportunidade. A realização de eventos de grande porte, como shows nacionais, está na rodar como forma de tornar o clube mais sustentável.
— O nosso presidente brinca que até dá para jogar futebol aqui no estádio. O estádio foi pensado em ser autossuficiente. Dele próprio manter o clube com entrada de recursos, com pequenos shows, uma arena que vai poder receber eventos para 30, 40 mil pessoas. Ela é modular. Então, o custo de operação do estádio é muito baixo. E com certeza o estádio vai mudar o patamar de eventos da cidade. Economicamente, para Gramado será muito bom — comentou o diretor do clube Lucas Roldo.
RECURSOS PARA CONSTRUÇÃO

O novo estádio começou a ser construído em 2024 após o Gramadense vender a sua antiga casa, que ficava no centro da cidade. A negociação ficou na casa dos R$ 40 milhões, sendo que 60% deste valor o clube recebeu em área construída de um novo empreendido comercial e 40% em dinheiro. No espaço do antigo estádio, o Gramadense tem 70 vagas de box, oito lojas, quatro quiosques, 30 unidades hoteleiras e seis salas de trabalho, que rendem um valor significativo de locação para o clube. A estrutura começou a operar em 2021.
Dos 40% em dinheiro, a direção usou parte para a compra da área de 15,5 hectares do novo estádio e para as obras. O que sobrou está aplicado para gerar mais recursos. Este dinheiro é separado do futebol.
— A diretoria do clube sempre deixou algumas coisas claras. A primeira delas era de que todo o dinheiro da construção que saiu da permuta do estádio ficaria para a obra. Nenhum centavo iria para o futebol. Então, hoje são caixas separados. O caixa da obra em nenhum momento se confunde com a parte de futebol. É isso que dá uma estabilidade para o clube — detalhou Lucas Roldo.
PRAZO PARA INAUGURAÇÃO

O Gramadense não tem pressa em terminar a obra do estádio. Enquanto isso, o clube usa a estrutura do Estádio Vila Olímpica, que pertence ao poder público. Contudo, conquistando o acesso ao Gauchão, a diretoria reconhece que precisará apressar para jogar a principal divisão do Estado.
— A obra não tem um prazo determinado. Sempre trabalhamos no estádio com muita cautela para ter uma obra que vai perdurar por muitos anos. Não aceleramos a obra do estádio. Hoje, o clube conta com mais de mil atletas, entre projetos sociais, categoria de base, futebol profissional, e vem desempenhando futebol profissional muito bem — declarou Lucas Roldo, que completou:
— Entendemos que essa estrutura precisa estar pronta. A ideia é este ano trabalhar nos acabamentos e em janeiro a instalação do gramado para que a gente já possa ir por março, abril, estar treinando e logo na sequência jogando competições a nível estadual.
O ESTÁDIO DO GRAMADENSE
Área: 15,5 hectares;
Área construída interna: 3.500 m²;
Capacidade: 5 mil torcedores;
Camarotes: Dois para 250 pessoas e outros 20 para 16 torcedores;
Gramado: Sintético igual do Estádio Nilton Santos;
Vestiários: Cinco vestiários, sendo o maior do mandante com espaço para aquecimento, um do visitante, arbitragem com masculino e feminino, sala antidoping e dois vestiários para a base;
Zona mista: Ônibus das delegações entrarão em área fechada, com acesso direto aos vestiários;
Estacionamento: 500 vagas;
Iluminação: Led