Aos 34 anos, o experiente meia Maurício é um dos principais jogadores do Brasil-Far. Além da vivência, ele entrega qualidade à equipe na disputa da Divisão de Acesso. Com uma vasta trajetória no futebol gaúcho, o jogador é um dos pilares do time na busca pelo sonhado retorno à elite estadual.
— Até meio engraçado, os mais novos me chamam de "veinho". Uns anos atrás, era eu que brincava com os companheiros. Mas é legal ter o reconhecimento e o respeito dos companheiros. Nós procuramos conversar bastante com os mais novos, para deixar todo mundo animado. Todos fazem parte do processo — comentou Maurício.
O Brasil-Far encerrou a sétima rodada da Divisão de Acesso na sétima colocação, dentro do G-8, grupo que se classifica para a próxima fase da competição. Com nove pontos conquistados em sete jogos, a equipe de Farroupilha se mantém na zona de classificação, mas com um desempenho que acende o sinal de alerta para a sequência do torneio.
Na terça-feira (24), o Brasil-Far visita o Lajeadense, às 19h30min, no estádio Alviazul.
— A Divisão de Acesso é complicada. Eu conversei bastante com os companheiros, porque é uma competição rápida e não tem margem. A gente tem que ser um time competitivo que consiga pontuar em casa e buscar pontos fora. Temos que ser regulares, é o segredo. Onde eu fui, conquistei alguns acessos. Precisamos estar focados para manter uma regularidade, um nível de competitividade bom — lembrou o meia.
Maurício, que iniciou sua carreira no Juventude, onde se profissionalizou, tem passagens vitoriosas por alguns clubes. Pelo Avenida, de Santa Cruz do Sul, conquistou dois acessos em 2014 e 2017. Ele também conseguiu o objetivo com o Gaúcho e o Guarany de Bagé, em 2021, além do título e acesso com o Santa Cruz em 2013, onde marcou o gol decisivo na disputa de pênaltis.
— É importante levar essa bagagem para dentro do clube que a gente chega, mostra a força que o Brasil colocou nas contratações. Estamos buscando dar força para a galera mais nova com a nossa experiência. Não deixar baixar a guarda para que possamos brigar sempre lá em cima na tabela — comentou.

O experiente jogador tem mais um desafio na carreira, agora nos "campos pesados" da Divisão de Acesso. Ciente da exigência física da competição, o jogador destaca a importância da preparação para manter o alto nível durante o campeonato.
— Me preparei bastante para chegar aqui no Brasil, a gente fez uma pré-temporada muito boa. Sei que a idade não nos permite estar correndo o jogo todo. Sabemos os momentos certos que tem que correr, os atalhos do campo, para que a gente possa contribuir com a galera mais nova, que é o que dá o suporte para a gente ir mais experiente e poder correr um pouco menos — analisou.
O atleta revelou que tem como meta atuar por mais dois anos. Ele também expressou o desejo de concluir sua graduação em Educação Física e, em seguida, dar continuidade à sua trajetória no futebol. O foco será em uma preparação intensa para essa transição.
— Vou pensar bastante também, até porque agora tem uma filhinha de três meses, quero estar perto . O futebol, às vezes, não nos permite estar perto da família. Então, vou botar bastante na balança, mas eu tenho a meta que dá para jogar em um nível muito bom, que nos permita jogar uma Série A de Campeonato Gaúcho, uma Série A2, Série A3 de paulista, Série A de Catarinense. Vamos procurar fazer um grande Gauchão aqui para que as portas possam se abrir e a gente dê continuidade na carreira — revelou.
Pós-Carreira
O experiente Maurício considera encerrar sua carreira como atleta profissional para iniciar uma nova jornada no futebol, desta vez como treinador. A transição marcará, no futuro, um novo capítulo para o atleta, que busca continuar sua contribuição ao esporte fora das quatro linhas.
— Eu tenho em mente seguir no futebol como treinador. Eu sou chato, sou aquele cara, sou o meia, aquele de ligação que gosta de sempre estar com a bola no pé para estar armando. Quando eu não recebo a bola, brigo com todo mundo ali. Então, eu me vejo como um cara bem competitivo, vou tentar dar continuidade como treinador, pegar um pouco de cada treinador que me ajudou bastante, dos clubes que eu passei, onde a gente foi feliz. É "pézinho" no chão, planejar bastante aí a reta final da carreira para que, dando tudo certo, possa dar continuidade dentro do futebol — finalizou.