
A casamata do Alfredo Jaconi passará a ter um novo dono a partir deste domingo (18). Diante do Fluminense, pela nona rodada do Brasileirão, a partir das 16h, o Juventude começa a ser dirigido por Claudio Tencati. Ele é o sétimo técnico da gestão do presidente Fábio Pizzamiglio.
Desde o final de 2022, quando a atual direção assumiu o clube, passaram pelo Jaconi Celso Roth, Pintado, Thiago Carpini, Roger Machado, Jair Ventura, Fábio Matias e, agora, o treinador vindo do Atlético-GO com a missão de tirar o clube da zona do rebaixamento.
— O Juventude passa nesse momento da competição por jogos irregulares, com placares um pouco mais elásticos, e isso fere, isso dói. E quando você vive esse estado de dor e não vence, isso te machuca — admitiu o treinador alviverde ao diagnosticar o principal problema da equipe.
Tencati já identificou desde sua chegada na quarta-feira que a ferida deixada na derrota de 6 a 0 para o Flamengo ainda está aberta. O técnico admite que alguns jogadores precisam recuperar a confiança e já tem a receita pra que isso aconteça.
— É sentir no dia a dia as oscilações, o que podemos fazer para potencializar, e esse é o papel do treinador, recuperar atletas, fazer com que eles melhorem sua performance. O treinador tem que ser inteligente para também adaptar aquilo que é a cultura do clube.
Possivelmente, o torcedor alviverde verá uma nova equipe em campo, seja na parte tática, com o meio-campo mais robusto, seja na atitude e postura dos atletas.
— Já identificamos quais estão oscilando, quem vive um momento melhor, quem não vive, o porquê que oscilou. A equipe vinha com uma formação de zagueiros até um determinado jogo, depois mudou. Mudou-se por quê? Também teve uma goleada. O que se atribui a isso? É culpa deles? É culpa de quem? Então, é culpa da equipe. Uma das coisas que eu sempre atribuo muito é que quando a gente ganha, ganha todo mundo, quando a gente perde, perde todo mundo — lembrou Tencati.
Longa invencibilidade
O Juventude não perde em casa para o Fluminense há quase 20 anos. A última vitória carioca no Alfredo Jaconi ocorreu pelo Brasileirão de 2005. No dia 12 de outubro, o Tricolor venceu por 4 a 3.
De lá pra cá foram mais seis confrontos — sendo cinco pela Série A e um pela Copa do Brasil de 2024 — com quatro vitórias alviverdes e dois empates.
— Precisamos ter organização ofensiva e defensiva. É óbvio, quando uma equipe está sofrendo muitos gols e vem de derrotas subsequentes, a gente tem que sanar e estancar o problema. É igual a uma barragem. Está tendo uma infiltração aqui. Se a gente não corrigir, daqui a pouco isso começa a abrir, vai virar uma avenida e acabou. Você não fecha mais. Então, é sanar e estancar primeiro — finalizou Tencati.