
O Juventude terá pela frente na quinta-feira, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, um rival pressionado. Com oscilações e maus resultados, o Botafogo viveu momentos de tensão até aqui na temporada. As competições de mata-mata foram o desafogo de um time que chega necessitando mostrar algo diferente para ter tranquilidade no restante do ano.
No Campeonato Carioca, a campanha alvinegra foi um fracasso. Campeão em 2018, o clube de General Severiano sequer chegou nas semifinais da Taça Rio e da Taça Guanabara. No confuso formato do Estadual do Rio de Janeiro, ainda existia a possibilidade de chegar na semi do Cariocão através da pontuação total. Porém a equipe do técnico Zé Ricardo acabou em oitavo, somando 13 pontos em 11 jogos – um ponto a menos do que o Ju no Gauchão.
— A temporada, até o momento, é considerada abaixo do esperado pelo fato da equipe ter feito um péssimo Campeonato Carioca, onde o nível é muito baixo — avalia Leonardo Machado, repórter que acompanha o Botafogo pela Rádio Grande Rio e pela Rádio Web Total.
O que salva o ano botafoguense até agora são os torneios de mata-mata. Na Copa do Brasil, passou sem dificuldades por Campinense-PB, com vitória por 2 a 0 fora de casa, e Cuiabá-MT, goleando por 3 a 0 no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, palco do encontro desta quinta.
Na Sul-Americana, o alvinegro avançou de fase com duas vitórias sobre o Defensa y Justicia, da Argentina – 1 a 0 no Rio e 3 a 0 em Buenos Aires. O bom desempenho nessas competições acabou sustentando o treinador alvinegro no cargo.
— O Zé Ricardo tem desaprovação com a maior parte da torcida, mas tem moral com a diretoria. A Sul-Americana deu uma sobrevida para ele — afirma Thiago Veras, setorista do clube na Rádio Tupi.
Segundo Veras, algumas expectativas não se confirmaram, enquanto alguns atletas estão conseguindo aparecer no conturbado ano alvinegro:
— O Diego Souza foi a principal contratação, a grande aposta. O Erik, que vinha jogando bem, teve uma caída, mas faz uma boa temporada. O Alex Santana está muito bem no meio-campo e o Gatito sempre é uma segurança lá atrás. O time perdeu na zaga com a saída do Joel Carli, que se machucou e só deve voltar para o Brasileirão. O João Paulo está voltando de lesão muito séria e ainda não conseguiu ser o jogador que era antes. O Luiz Fernando terminou muito bem a temporada, foi comprado junto ao Atlético-GO, mas está fazendo um péssimo 2019.
Tantas situações acabam colocando ao Botafogo dúvidas sobre a equipe que vai a campo na quinta-feira. A tendência é a manutenção da base recente.
— O Zé Ricardo ainda tem dúvidas no meio e na frente, porém o time deve ser o mesmo das duas últimas partidas, com Gatito; Marcinho, Marcelo, Gabriel e Jonathan; Alex Santana, Cícero (Bochecha) e Ferrareis; Pimpão, Erik e Diego Souza — aposta Machado.
Fracassos nos Estaduais e bons resultados no mata-mata. Vivenciando situações semelhantes no início de temporada, Botafogo e Juventude farão um reencontro para sair da pressão.




