Garoto-propaganda do Hospital Pompéia, em Caxias do Sul, Luiz Felipe Scolari não fugiu das perguntas sobre Seleção Brasileira em sua visita pela Serra. O técnico gaúcho veio para prestigiar o lançamento do projeto da Coral para a pintura da instituição quase centenária. Entre outros compromissos, gravou um depoimento para o Juventude, que também completa 100 anos em 2013.
- Estive um ano como jogador no Juventude e mais duas passagens como técnico. Foi o clube que me projetou como treinador para o futebol mundial, porque eu fui fazer aquela excursão para a Ásia na década de 80 (1982), que foi bastante exitosa (seis jogos e seis vitórias). Foi com muito gosto que eu recebi o convite e participei - disse Felipão, uma das atrações do documentário sobre os 100 anos do Ju, que está sendo produzido pela CDI Filmes.
Sobre Seleção, o que mais incomoda Felipão é a falta de treinos. Até agora, o tempo foi escasso para trabalhar com um mesmo grupo de jogadores. Perguntado sobre o que faltava para o Brasil melhorar, foi enfático:
- Treinamento. Treinamos um dia para jogar contra a Inglaterra, dois ou três na viagem para jogar contra Itália e Rússia e nenhum dia antes da partida diante da Bolívia. Falta sentar e ficar 30 dias juntos, treinar 20 dias, jogar cinco ou seis jogos com o mesmo time, para ver se estamos no caminho certo ou não. Embora a Seleção não venha apresentando um bom futebol, o treinador está otimista com a evolução de esquema e desempenhos.
- Entendo que a equipe evoluiu no aspecto tático. Temos um sistema, mais ou menos estamos jogando nesse sistema. Acho que todos os jogos foram úteis para que tivéssemos uma tomada de posição em relação a nomes e ainda temos esse jogo com o Chile para escolhermos o grupo da Copa das Confederações - comentou.
Sobre as últimas convocações e as futuras, Felipão foi evasivo. Não convenceu plenamente na justificativa sobre a convocação de atletas pouco conhecidos, como Matheus Vidotto, o quarto goleiro do Corinthians, e Leandro, do Palmeiras, que era reserva no Grêmio até pouco tempo, para o amistoso na Bolívia.
- Eles são atletas da sub-20. Eu não podia convocar mais do que um jogador profissional por equipe. Os desfalques tinham que ser mínimos para os times. Podia convocar um do Grêmio e outro do Fluminense, por exemplo, porque os times se enfrentariam na semana seguinte. Algumas equipes me deram dois. Então, tive que compor uma Seleção de acordo com os técnicos e não deixar ninguém mal. Levei quatro do sub-20 porque eles vão ser convocados para a seleção da categoria, pelo Alexandre Gallo - explicou.
Também não quis falar especificamente sobre uma futura convocação de Zé Roberto, do Grêmio.
- Todos tem chances. Não vou falar em nomes. Tenho observado todos os jogadores, visto todos os jogos possíveis e imagináveis, porque as televisões ajudam nesse sentido. Vamos ver durante os jogos que ainda faltam para definir o grupo.
De olho no Hexa
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Adão Júnior
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