
Um dos espaços que já tornaram-se tradicionais na Mercopar, que segue até sexta-feira (17) em Caxias do Sul, é dedicado a startups gaúchas e de outros Estados brasileiros. Novamente, em 2025, foram 60 empresas selecionadas pelo Sebrae prontas para oferecer soluções à indústria. A novidade nesta edição foi estratégica.
O ambiente nos pavilhões da Festa da Uva, que reúne 30 startups gaúchas e 30 de outros Estados, foi reposicionado. Como conta o gerente de inovação do Sebrae RS, Carlos Eduardo Aranha, a percepção foi de que estes negócios precisaram ter as mesmas condições que os outros expositores tradicionais.
Assim, o Espaço Fiergs-Sebrae foi unificado e disponibilizou atividades próprias dentro do ambiente, como as batalhas de startups.
— No ano passado, tínhamos o espaço de palco e conteúdo. E do lado de fora, nos corredores, nós tínhamos startups gaúchas de um lado e startups do resto do país do outro lado. Entendemos que aquele espaço de conteúdo competia com os outros de conteúdo da feira — descreveu Aranha.

O gerente de inovação conta também que a procura para participar da Mercopar foi intensa, a partir de editais abertos pelo Sebrae RS e pelo Sebrae nacional, que subsidiam a participação dos negócios. No caso das startups gaúchas, a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS (Sict) também investiu R$ 110 mil.
Assim como ocorre com expositores tradicionais, as startups têm potencial para fechar negócios. O novo modelo, inclusive, está auxiliando nesse objetivo:
— Não temos ainda uma pesquisa completa, só vamos ter isso depois da feira, mas várias empresas já têm relatado que gostaram desse novo modelo. Tem as startups todas juntas e eles estão conseguindo converter mais conversas e negócios.

Mais visibilidade à marca
De Caxias do Sul, a startup OTMSuíte participa pela segunda vez da Mercopar. Como conta o diretor comercial Rafael Bettiol, a posição da empresa no estande favoreceu novamente uma boa movimentação.
O foco do negócio caxiense, um braço da Otimiza Consultoria - no mercado desde 1990, é de ganhar mais visibilidade. Bettiol destaca que, mesmo assim, caso algum negócio seja fechado, será bem recebido.
— Tivemos um volume até que legal, desde o primeiro dia. Ontem (quarta-feira) foi muito bom o volume de pessoas — comemora Bettiol.
A solução oferecida pela empresa é uma tecnologia para poder desenvolver aplicações com baixo nível de codificação. Ou seja, tornar a tecnologia mais acessível e democrática para as organizações.

Já pela primeira vez na Mercopar, a Marelo, de Mogi das Cruzes (SP), mapeou o evento como uma oportunidade interessante para formalização de novos negócios. A CEO, Jacque Feliciano, detalha que a startup oferece uma solução para logística internacional em que os custos documentais e portuários podem ser reduzidos em até 40%.
— Tem sido muito bom, especialmente porque para a gente é onde conseguimos visualizar a maior parte dos nossos clientes, o potencial cliente. São as indústrias e aqui temos muitas. Chega até dar ansiedade — comentou Jacque.





