Nivaldo Pereira
Diante da réstia luminosa sobre a mesa, o velho monge pensa: o Sol em Leão é como o regresso de um rei ao próprio castelo após um ano de batalhas mundo afora. Ah, se essa imagem fosse literal! Arautos tocariam trombetas. Portões se abririam, cavaleiros e aldeões correriam em frenesi para saudar o retorno de seu justo soberano. Mas, oh tristeza! O monarca ainda não retornara, nem dele havia notícias. Com o trono usurpado por astutos conspiradores, o reino era só desolação, então agravada pela peste que dizimava a população aos magotes. Naquela hora da sesta, cisma o monge alquimista: que pecado justificaria tamanha maldição?
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