
Principal atração da segunda edição do Serra Summit, em Nova Prata, o ex-ministro da Economia Paulo Guedes abriu o evento na tarde desta quinta-feira (9) na Sociedade Grêmio Pratense. Durante cerca de uma hora, apresentou uma contextualização global, tanto de história quanto de economia. Falou, por exemplo, do crescimento da China e da guerra econômica entre o país asiático e os Estados Unidos.
O ex-ministro evitou fazer projeções em relação ao Brasil, mas questionou a plateia se o país irá crescer mais ou menos em 2026. A resposta foi menos — no final de setembro, o Banco Central divulgou a projeção de crescimento de 1,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, e revisou a projeção para 2025, passando de 2,1% para 2% ao final deste ano.
Apesar disso, disse que o próximo ano promete ser de esperança e pediu resiliência dos empresários presentes. Para Guedes, o Brasil tem potencial para se tornar uma potência global.
— A matriz energética mais limpa e mais barata do mundo é nossa — destacou.
Migração
Guedes falou também de migração ao longo da história e de como o país recebeu no final do século 19 imigrantes que empreenderam. Agora, segundo ele, os casos são diferentes. Afirmou que "venezuelano não chega procurando emprego, chega procurando o Bolsa-Família."
A coluna não conseguiu dados nacionais, mas obteve com a Fundação de Assistência Social (FAS) os números de Caxias e não é o que eles mostram. Na cidade, são 1.947 venezuelanos recebendo o benefício. Em contrapartida, são 6.336 pessoas da Venezuela com carteira assinada em Caxias (números de julho de 2025 do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Há também os migrantes com trabalhos informais, como motoristas de aplicativo. Ou seja, um grande contingente de pessoas não só em busca de emprego, mas colocadas no mercado de trabalho.
* A colunista viajou a Nova Prata a convite da organização do Serra Summit.






