
A Vinícola Aurora já contratou 52 pessoas nos últimos meses e está com 15 pessoas em processo de admissão, além de 21 vagas de empregos em aberto em função da expansão da produção e das vendas. Ao todo, está gerando 88 novas vagas de emprego mesmo com a pandemia. Embora, quando os primeiros casos de coronavírus surgiram, o mercado tenha dado sinais de retração, a recuperação veio logo em seguida, fazendo com que, de março a maio, a Aurora registrasse um crescimento de 15% nas vendas, comparado ao mesmo período de 2019. As principais regiões compradoras foram Sul e Sudeste. Por segmento, as vendas de vinho cresceram 35%. A de espumantes, que de modo geral caiu em todo o país, aumentou 15% na Aurora. O desempenho mais tímido foi da comercialização de sucos, ainda assim, 5% maior.
A expectativa é que a Vinícola Aurora feche o semestre com alta de 20% nas vendas, comparado ao ano anterior. A situação poderia ser ainda melhor com a volta do roteiro turístico, proibido nas últimas semanas pela bandeira vermelha. Mesmo assim, o fechamento da visitação ao complexo não alterou os planos de contratações. O pessoal está sendo redirecionado internamente até a volta ao normal. Interessados nas vagas no setor de produção podem encaminhar currículo para o e-mail: curriculos@vinicolaaurora.com.br
Aurora também amplia comercialização de azeite
O bom desempenho da Aurora inclui os 220 itens do portfólio e as 13 marcas da vinícola. E agora a Aurora está ampliando também suas vendas de azeite de oliva extra virgem, com o lançamento da linha Pequenas Partilhas Notáveis Ibéricos, na versão de 500ml.
A empresa já comercializava produtos chilenos desde 2017, em embalagens de 500ml e 15ml, e agora também amplia sua entrada no mercado com uma versão de 250ml. Os azeites complementam a linha de vinhos Pequenas Partilhas, com quatro variedades emblemáticas de países da América do Sul, como o Cabernet Franc brasileiro, o Tannat uruguaio; o Carmenère chileno e o Malbec argentino.
O novo azeite comercializado pela vinícola da Serra é elaborado em Sevilha, na região espanhola de Andaluzia e que pertence à Denominação de Origem Estepa, uma das mais exigentes do país. O lançamento é um corte elaborado a partir das variedades de azeitonas Hojiblanca, Manzanilla e Picual, com acidez máxima de 0,2.
Em 2019, a Vinícola Aurora cresceu 40,5% no volume das vendas dos azeites de oliva frente a 2018.
Com o lançamento da versão ibérica, segue a expectativa de crescimento para este ano, segundo Rosana Pasini, gerente de Importação e Exportação da Vinícola Aurora. Os produtos já estão à venda em todo o Brasil e na loja da vinícola em Bento.
Atenção ao meio ambiente
As duas cooperativas de grande porte da Serra, Garibaldi e Aurora, também estão entre as empresas da Serra que receberam certificação internacional pela redução da emissão de toneladas de gás carbônico no meio ambiente. A Garibaldi deixou de emitir 1 milhão de toneladas de gás carbônico em sete anos. Desde 2013, tem consumido energia elétrica oriunda apenas de fontes limpas, como eólica, solar, biomassa, central hidrelétrica e central geradora hidráulica. A Ludfor Energia Ltda concedeu à vinícola o certificado de energia renovável. Somente em 2019, a redução foi de 148 mil toneladas.
A Vinícola Aurora também recebeu a certificação internacional da Ludfor. O uso de energias renováveis fez com que mais de 144 mil toneladas de gás carbônico deixassem de poluir a atmosfera nos últimos 12 meses. A cooperativa já vem trabalhando na redução de gás carbônico há mais de uma década. Entre os exemplos, está a nova planta industrial da cooperativa, no Vale do Vinhedos, fábrica com certificado LEED versão 4.0, ou seja, é 100% sustentável. A unidade Vinhedos, como é chamada, possui uma área total superior a 24 mil metros quadrados com captação de luz natural.
Setor do vinho teme aumento de imposto
A Cooperativa Vinícola Garibaldi está de olho na reforma tributária proposta pelo governo do Estado. Avalia com cautela e receio a previsão de aumento do ICMS do vinho para uma nova alíquota de 25%. Atualmente, a taxação está fixada em 18%, porém, com o benefício do crédito presumido, chega a 13%. O presidente da cooperativa, Oscar Ló, teme que a medida comprometa a competitividade dos produtos nacionais.