
A maior parte das demissões provocadas pela pandemia na região da Serra, registradas até o momento, foi na indústria, como já demonstraram os dados Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em outras oportunidades. Um recorte do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Caxias do Sul e região mostra que o setor acumula 3 mil demissões desde março, segundo levantamento de homologações feitas desde o início da pandemia. Para se ter uma ideia, o saldo entre demissões e admissões até maio, em Caxias, resultou no fechamento de 5 mil vagas nos mais variados setores.
Para tentar reverter este quadro de demissões, o Sindicato dos Metalúrgicos criou uma campanha chamada #NãoDemita: Proteja os Empregos e a Vida. No seu primeiro mês de atividades já contabiliza quatro transmissões ao vivo para debater o tema. O movimento busca discutir alternativas e soluções para superar a crise provocada pelo coronavírus. Um manifesto também foi disponibilizado para ser acessado pelo site do sindicato e pode ser assinado por entidades empresariais, pessoas físicas e jurídicas.
A campanha iniciou em junho, com uma live que reuniu trabalhadores, representantes sindicais e de centrais, além de políticos. Todas as terças-feiras, às 19h, o sindicato faz uma live com convidados de diversos meios para debater o assunto. Na próxima, os convidados serão Flavio Dino, governador do Maranhão; o professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas, Márcio Pochmann, e a presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Estado de Minas Gerais e do Sindicato dos Professores do Estado de Minas, Valéria Morato.