
Chamou a atenção na cerimônia de assinatura da licitação do aeroporto de Vila Oliva, na última quinta-feira (16), a menção do ministro Silvo Costa Filho ao prazo estimado de dois anos para a construção. Todos os planos e cronogramas apresentados até então mencionavam a necessidade de um ano a mais para a entrega, prevista para abril de 2029.
Consultado pela coluna, o secretário de Planejamento e Parcerias Estratégicas, Marcus Vinicius Caberlon, confirmou que a obra deve levar, de fato, 36 meses, ou seja, três anos. A estimativa menor foi um ato falho do ministro.
Segunda etapa
No prazo de três anos para a construção está inclusa a segunda etapa do aeroporto, que contempla o terminal de passageiros, o estacionamento de veículos e outras edificações (a primeira será para pátio de aeronaves e pistas).
Em vídeo nas redes sociais, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou mais um elemento para a fase 2: a construção do pátio e do terminal de cargas, antes apontado no projeto para constar em um futura expansão do complexo.
Caberlon vai além e afirma que existe a possibilidade de se fazer um primeiro aumento da pista. O projeto da primeira fase prevê 1.930 metros de comprimento e o projeto de ampliação aponta 2,2 mil metros. Dessa forma a pista seria entregue já ampliada.
Um bom sinal nesse sentido foi a fala de Silvio Costa Filho mencionando o prefeito Adiló Didomenico no ato de quinta-feira.
— Se precisar de complemento para que a gente possa fazer um aeroporto ainda mais estruturado, ele sabe que contará com o nosso apoio.
Clima favorável

Em meio ao ambiente empresarial da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias, tradicionalmente refratário às políticas de esquerda, Silvio Costa Filho, filiado ao Republicanos de Pernambuco, fez uma defesa contundente do governo Lula.
Ele afirmou que o presidente tem um "olhar especial para o Rio Grande do Sul" e citou que o governo federal destinou R$ 100 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ao Estado nos últimos dois anos.
Maior do que a aversão ao PT, talvez seja a vontade do empresariado em ver o aeroporto virar realidade. O que colocou no mesmo palco políticos de diferentes correntes e criou um clima favorável para o ministro e a deputada Denise Pessôa (PT) "fazerem o L" na passagem pela CIC.




