
A posse de Rafael Bueno como secretário da Saúde na manhã desta segunda-feira (6) não foi apenas uma cerimônia oficial. O ato também teve clima festivo, com direito a participação do personagem Zé Gotinha e faixa de felicitações. Apoiadores, vereadores (inclusive da oposição), representantes de hospitais, de entidades, e até o secretário estadual do Trabalho e Desenvolvimento Profissional, Gilmar Sossella, lotaram a unidade básica de saúde (UBS) Cristo Redentor.
Na primeira manifestação no cargo, o novo secretário lembrou a trajetória política e a busca pela construção da unidade. Ele também classificou a nova função como "o maior desafio da vida" e prometeu "gestão firme e transparente".
— Muitos disseram para eu não assumir, por causa da situação da saúde, mas é no meio do caos que as mudanças acontecem — afirmou.
Ao falar das primeiras ações, prometeu economia de R$ 30 milhões — mais do que os R$ 24 milhões que vinha falando até então — e a implantação da maior parte das ações nos primeiros 100 dias. Também repetiu discurso que costumava fazer na Câmara de que "é preciso ser resolutivo, sem terceirizar culpa ou arrumar desculpas".
Respaldo
O prefeito Adiló Didomenico e o vice, Édson Néspolo, fizeram questão de destacar que o novo secretário terá respaldo da administração para adotar as ações necessárias.
Na presença de vereadores, que tiveram participação ativa na troca de gestão na pasta e tinham postura crítica aos antigos titulares, Adiló disse que houve avanços e que ninguém esgota todas as demandas.
— Tem que atacar problemas, não pessoas. Muitas vezes se faz verdadeiro massacre com as pessoas — declarou.
Ficou a cargo do prefeito também anunciar o novo secretário-adjunto. Será Mário Tadeucci, que comandou a pasta interinamente na semana passada. Havia negociações avançadas com uma mulher para o cargo, mas acabou não se confirmando.
Não agradou
O prefeito Adiló Didomenico vai se reunir nesta terça-feira (7) com a comunidade dos bairros São Caetano e Esplanada para explicar os motivos da mudança de endereço da policlínica. A transferência do terreno na Avenida Assis Antônio Mariani para o bairro Sanvitto, anunciada na sexta-feira (3), não agradou boa parte dos moradores da zona sul da cidade.
A unidade, comparada a um mini hospital, era esperada devido à carência da região de um equipamento de saúde de maior porte. A promessa inicial era de construção de uma UPA na região, depois substituída pela policlínica.
Além da mudança em si, o descontentamento é motivado pela forma como o novo endereço foi anunciado. Ao invés de fazer uma reunião com os moradores para explicar a decisão, o município comunicou a mudança durante a assinatura do termo de compromisso com o Ministério da Saúde. Agora, será preciso enfrentar ânimos acirrados.
Justificativa
À coluna, Adiló disse que havia um movimento de moradores contra a policlínica no terreno escolhido em função da necessidade de cortar 70% da vegetação do terreno. Também poderia haver necessidade de licenciamento em função de desníveis na área.
Como a sexta-feira era o prazo limite para a assinatura do termo de compromisso, se optou pela área no bairro Sanvitto. Caso o acordo não fosse formalizado, Caxias perderia os recursos para a implantação.
A escolha inicial, segundo o prefeito, ocorreu em função da área no São Caetano ter a matrícula em dia, o que permitiu ao município encaminhar o cadastramento junto ao Ministério da Saúde. Adiló promete reforçar a estrutura da zona sul com a UBS Imigrante, em fase de licitação e uma nova unidade no Monte Carmelo.






