Adriana Antunes
Começo este breve(íssimo) texto lembrando de um poeminha simpático da Ruth Rocha que diz assim: “as coisas que a gente fala, saem da boca da gente e vão voando, voando, correndo sempre para frente. Entrando pelos ouvidos de quem estiver presente. Quando a pessoa presente é pessoa distraída, não presta muita atenção. Então as palavras entram e saem pelo outro lado, sem fazer complicação”. O poema é infantil e cheio de ensinamentos para os adultos. Quantas vezes deveríamos não ter dado ouvidos para a fala de alguém, que disse algo que não fazia sentido, que era para nos atingir, machucar? Mas temos uma mania de gente grande de sempre ter de responder aquilo que o outro nos diz. Como se se não responder vai demandar alguma falha nossa. Imagina, ficar sem responder ao que o outro nos diz, ainda mais quando ele não tinha o direito de nos ter dito o que disse. Às vezes penso que damos importância demais para coisas de menos e importância de menos para aquilo que realmente importa.
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