
Com 25 anos de carreira militar, Carine Pinto Lombarde é a nova líder à frente da 2ª Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil (2ª Crepdec), sediada em Passo Fundo. Natural de Santo Ângelo, a capitã está no cargo desde setembro e será a responsável por coordenar 70 municípios — a segunda maior coordenadoria regional da Defesa Civil do RS, ao lado da Crepdec da Região Metropolitana.
Sua trajetória na carreira militar é marcada por diferentes frentes de atuação. Carine entrou na corporação como soldado, passando pelas patentes de sargento e tenente até chegar a de capitã, somando passagens por Porto Alegre, Santo Ângelo e Ijuí. Também trabalhou no policiamento e sessões administrativas, além de integrar forças-tarefas em presídios.
Agora, à frente da Defesa Civil regional, encara o desafio de fortalecer a integração entre os municípios e ampliar a capacidade de prevenção e reposta à desastres. Ela assumiu a posição no início de setembro e trabalha ao lado de cinco militares e um servidor civil.
Em entrevista a GZH Passo Fundo, a nova coordenadora destacou a importância do trabalho conjunto para reduzir riscos, minimizar danos e proteger vidas. Veja a seguir.
GZH: como foi para você receber o convite para se tornar da Coordenadoria Regional da Defesa Civil de Passo Fundo?
Carine: me senti muito honrada pela confiança e pela responsabilidade em assumir (a coordenadoria). Acredito que o papel da mulher, na gestão pública e na Defesa Civil, tem crescido bastante, mostrando que competência e comprometimento não têm gênero. O importante é o resultado do trabalho e o serviço prestado.
GZH: quais serão as primeiras ações da sua gestão?
Carine: nosso foco agora é a integração entre o Estado e os municípios, garantindo maior prevenção, resposta rápida e serviço de segurança a todos. Temos trabalhado muito próximo dos municípios, juntamente com os coordenadores de cada cidade, apoiando na questão do aprimoramento do serviço como treinamentos, análises dos planos de contingência e reforçando também o mapeamento de áreas de risco, e também o monitoramento dos eventos climáticos.
GZH: nos últimos anos, o norte do Estado tem enfrentado desde estiagens prolongadas até chuvas intensas. Como preparar os municípios para esses cenários cada vez mais frequentes?
Carine: um dos objetivos é esse com a aproximação com os municípios: fazer com que todos estejam integrados na prevenção e no monitoramento desses eventos climáticos. Muitos, sabemos, não temos como prever que acontecerão, mas a prevenção é essencial para diminuir riscos e salvar vidas.
Aqui, na nossa região, o maior e mais comum evento climático é a estiagem, mas a frequência das mudanças climáticas tem aumentado muito e temos que estar cada vez mais preparados e atuando junto com os municípios nessa prevenção, em uma rápida capacidade de resposta se for necessário.
GZH: qual é a importância do plano de contingência diante desses eventos climáticos extremos?
Carine: o próprio munícipio elabora o plano de contingência e nós auxiliamos caso necessário. Primeiramente, há mapeamento da área de risco do município, porque cada um tem sua peculiaridade, sua realidade.
Temos 70 municípios (sob a coordenadoria), alguns são menores e outros maiores. Então, realizamos esse mapeamento da área de risco e, depois, podem realizar simulados, de mesa ou com a população; existem vários tipos de simulados para colocar em prática o plano de contingência. É neste momento que se avalia quais são as equipes que vão ser acionadas ou qual será o abrigo da cidade, por exemplo.
Um fato é: o plano de contingência é o coração da prevenção, porque ele nos orienta a como agir antes, durante e após esses eventos extremos, e isso acaba salvando vidas. Nosso trabalho é fazer com que os municípios estejam preparados, com esses planos de contingência atualizados e que possam colocar em prática caso necessário.
Sempre falamos que só um plano de contingência é eficaz se tem esse treinamento, esse simulado das equipes e a conscientização da população para as áreas de risco também.
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