
O corpo do bancário Fabio Luiz Izycki, 42 anos, foi sepultado em Barão de Cotegipe, na região norte do Rio Grande do Sul, cidade onde nasceu, na manhã desta segunda-feira (23).
Ele é uma das oito vítimas da queda de um balão que aconteceu em Praia Grande, em Santa Catarina — e um dos dois gaúchos que morreram. A outra vítima foi a namorada dele, Juliane Jacinta Sawicki, 36.
O corpo saiu do Instituto-Médico Legal de Araranguá, em Santa Catarina, na manhã de domingo (22) com destino ao Rio Grande do Sul. O velório começou às 23h45min do mesmo dia na Capela Mortuária de Barão do Cotegipe. O enterro foi na manhã desta segunda no Cemitério Municipal de Barão de Cotegipe.
Entre os presentes estava o empresário Volnei Jacuniak, amigo de Fabio.
— Essa notícia trouxe um abalo para toda a família, para toda a comunidade. Muito triste, está todo mundo muito abalado. O Fabio era uma pessoa encantadora, uma pessoa do bem, trabalhadora, simples, de bom relacionamentos com todo mundo. Um bom filho para mãe dele, dona Lourdes. Esperamos que haja a descoberta do que aconteceu realmente. Isso vai vai ser pelo menos um conforto para essa dor — diz o amigo.
O acidente aconteceu na manhã de sábado (21) e 13 pessoas sobreviveram. A Polícia Civil investiga a dinâmica do acidente e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que apura os desdobramentos. Das oito vítimas, quatro morreram carbonizadas e as outras quatro na queda.
No domingo (22), houve o sepultamento do corpo da engenharia agrônoma Juliane Jacinta Sawicki, namorada de Fabio e que estava com ele quando houve o acidente. O enterro ocorreu no município de Carlos Gomes, também na Região Norte.
Quem eram Fabio e Juliane

Fabio era primo de segundo grau de Franciel Izycki, prefeito de Barão de Cotegipe, e trabalhava em uma agência do Banco do Brasil na cidade. De acordo com Franciel, Fabio e Juliane estavam namorando. Fabio não tinha filhos e deixa a mãe e um irmão mais velho.
— A gente era bem chegado na infância e na adolescência, mas acabamos perdendo um pouco o contato. Até fui pego de surpresa, porque não conhecia esse lado dele de participar desses eventos turísticos, andar de balão, não sei se era uma rotina — diz o prefeito.
Segundo Franciel, Fabio "era um guri muito gente boa, batalhador, que começou de baixo":
— Muitíssimo inteligente. Foi batalhando e conquistando os objetivos na vida. Um cara tranquilo, da paz. Veio de família humilde, os pais são agricultores, têm uma pequena propriedade no interior, trabalharam muito para colocar ele na faculdade e honrar com esses compromisso — disse o prefeito.
Juliane Jacinta Sawicki
Juliane era sócia de uma empresa de assessoria rural na área, com projetos agrícolas e ambientais.
De acordo com Francisco Sieslevski, colega de trabalho da vítima, ela podia ser descrita como "uma pessoa determinada, dedicada ao trabalho, excelente profissional que fazia jus ao título de engenheira agrônoma".