
Acúmulo de lixo, depredação e insegurança: esse é o cenário do antigo prédio da Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA), localizado na Avenida Doutor César Santos, no bairro Petrópolis, em Passo Fundo.
O edifício foi desocupado pela Polícia Civil em 2019, após problemas estruturais. Com o abandono, virou motivo de preocupação para quem mora ou tem comércio perto do local.
A quantidade de lixo espalhado pelas antigas salas da delegacia impressiona (veja na galeria abaixo). Além das depredações, parte da estrutura está cedendo.
Quem vive no bairro relata que o prédio da antiga DPPA agora serve de abrigo para pessoas em situação de vulnerabilidade e também por usuários de drogas. Por isso, a situação preocupa ainda mais à noite, quando se tornou perigoso circular pelo local.
— A situação é bem complicada, porque tem muito lixo e muita sujeira tanto dentro quanto na parte de fora. Tem alguns moradores de rua no prédio, o pessoal que utiliza drogas, e seguido tem brigas ali na frente — contou a profissional de Educação Física, Camila Binda, que tem uma academia perto do prédio abandonado.
— Foi investido muito dinheiro (no prédio) e agora abandonado desse jeito é um prejuízo pra sociedade — completou o empresário Gustavo Martins, sócio de um bar dos arredores.
Moradores também relataram que o município faz a limpeza e remoção dos resíduos na parte interna periodicamente, mas o trabalho dura poucos dias: não demora para que a situação volte a ficar como antes, com muito acúmulo de lixo e depredação dentro e nos arredores do espaço.
Solução próxima
A situação pode estar perto de uma solução: a propriedade do imóvel deve ser repassada ao Município através de um termo de cooperação para a construção da Cidade da Polícia, na Vila Dona Luiza.
A obra vai concentrar os prédios da segurança, como delegacias da cidade e a Secretaria Municipal de Segurança Pública. A prefeitura será responsável pela obra orçada em cerca de R$ 25 milhões e, em contrapartida, o Estado deve ceder a propriedade de três imóveis.
A prefeitura deve demolir o prédio da antiga DPPA e ainda avalia como irá usar o espaço futuramente. O repasse do imóvel ao município anda precisa ser formalizado através de contrato.
Questionado, o Estado, que é o atual responsável pela estrutura, não respondeu aos pedidos de comentário. O espaço segue aberto.