Os fogos de artifício são considerados os protagonistas das festas de final de ano. Mas, apesar de bonitos aos olhos, o manuseio do artefato exige cautela e atenção para não estragar o momento da comemoração com acidentes e situações indesejadas.
De acordo com o capitão João Ferrucio Vanzo Fornasier, comandante da 1ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Passo Fundo, normalmente é durante as festividades no último dia do ano que é registrado o maior número de ocorrências relacionadas ao uso de fogos de artifício.
— Atualmente não temos estatísticas precisas sobre os casos, mas podemos dizer que, especialmente no final de ano, há esse aumento. É importante que as pessoas adquiram os produtos somente em locais autorizados para a comercialização, isso garante a compra de um produto de qualidade e certificado, minimizando os riscos de acidentes — afirma.
Apenas lojas licenciadas pelo Corpo de Bombeiros e Exército Brasileiro estão aptas a oferecer o artefato. De acordo com a lei de nº 14.376, que estabelece as normas de segurança contra incêndio no Rio Grande do Sul, as edificações destinadas à manipulação, comercialização e armazenamento de explosivos, munições e materiais pirotécnicos são classificadas como locais de elevado risco de incêndio. Essas áreas estão sujeitas a regulamentações específicas de segurança.
No Estado, a lei de nº 15.366 também proíbe a queima e a soltura de fogos de estampidos e de artifício que ultrapassem 100 decibéis à distância de 100 metros de sua deflagração.
Aumento na procura dos artefatos
Na loja Aventura Caça e Pesca, que fica no centro de Passo Fundo, o movimento já aumentou nos últimos dias, mas sempre tem quem deixe para a última hora, conforme a proprietária Taiz Benedetti.
— Neste ano o pessoal até que começou a comprar mais cedo, acredito que porque já estão se deslocando para barragens e sítios e querem levar o produto junto. A movimentação está maior que no ano passado, mas as filas acontecem mesmo no último dia do ano, até porque muita gente não gosta de ter os fogos guardados em casa — explica.
Do foguete tradicional as baterias de baixo ruído, que prometem não incomodar a audição de pets, idosos e crianças com síndrome, o tipo mais procurado é o foguete de efeito colorido. Conforme Taiz, cerca de 80% dos consumidores escolhem os fogos de cor.
— A maioria dos produtos é para maiores de 18 anos, mas tem alguns que não apresentam risco para as crianças e que podem ser manuseados por elas como, por exemplo, os estalinhos, que também são usados em festas de São João. Mas, é claro que é importante os adultos sempre estarem supervisionando — explica a proprietária.
Medidas de segurança
Além de ler atentamente as instruções de uso antes de manusear os fogos de artifício, o responsável deve evitar locais fechados, escolhendo sempre lugares abertos, longe de residências, veículos, postes, árvores e materiais inflamáveis. Confira abaixo outras medidas de segurança.
- Não segure fogos de artifício com as mãos. Utilize suportes apropriados
- Nunca posicione o rosto ou qualquer parte do corpo sobre os fogos ao acendê-los
- Não tente modificar os artefatos ou reutilizar fogos que falharam
- Acenda apenas um artefato por vez
- Apenas pessoas maiores de 18 anos e com conhecimento sobre o manuseio devem utilizar fogos de artifício
- Mantenha crianças afastadas durante toda a operação.