
Adilson Stankiewicz, presidente do Ypiranga, se manifestou sobre as mudanças no calendário do futebol brasileiro a partir de 2026, anunciadas pela CBF nesta quarta-feira (1º). Inicialmente, o dirigente avaliou que as alterações têm mais prós do que contras.
Com os novos regulamentos, o Canarinho é afetado diretamente em três competições: Gauchão, Série C do Brasileirão e na Copa do Brasil. O mandatário também comentou sobre a possibilidade do time de Erechim disputar a Copa Sul-Sudeste, nova competição organizada pela entidade.
Gauchão
Os Estaduais serão reduzidos a partir do próximo ano. Antes disputados em no máximo 16 datas, agora cada torneio terá no máximo 11 datas, como já havia sido anunciado anteriormente. O Gauchão, por exemplo, já adotou formato parecido em 2025, com 12 datas.
— Acredito que o formato vai se manter como o deste ano. Formato bom, Copa Farroupilha bem legal. Vai aumentar as vagas para a Copa do Brasil pelo estadual, o que é muito positivo também — disse Stankiewicz.
Série C
Em 2026, a Série C seguirá com a participação de 20 clubes e a mesma fórmula de disputa. A única mudança diz respeito ao número de rebaixados, que será de duas equipes e não quatro, como é atualmente. Além disso, seis clubes subirão da Série D na próxima temporada. As mesmas alterações valerão para a edição de 2027.
Sendo assim, a Série C de 2027 passará a contar com 24 equipes, e a edição de 2028, com 28. A partir desta edição, o número de rebaixados aumenta para seis, mesmo número de clubes que subirão da Série D.
Stankiewicz avaliou as alterações como uma solução intermediária. O dirigente ressaltou que era favorável à Série C com 20 participantes e 38 rodadas, disputadas em turno e returno.
— A partir de 2028, com dois grupos de 14 times, o calendário mínimo iria a 26 jogos (ida e volta), se estendendo até metade de outubro. Quem classificar para os quadrangulares finais vai até o fim de novembro. Ficou razoável a questão de calendário. Deve ser acompanhada também por uma valorização de cotas. Pelo que ouvi falar informalmente, as chaves não devem ser regionalizadas e devem ser distribuídas pelo ranking do ano anterior. De negativo, o descenso de seis times a partir de 2028, o que vai tornar mais desafiador permanecer na Série C. De forma geral, é uma fórmula satisfatória — argumentou o presidente do Ypiranga.
O caminho para a Série C com 28 clubes até 2028
- 2026
Série C (20 clubes): dois rebaixados;
Série D (96 clubes): seis acessos.
- 2027
Série C (24 clubes): dois rebaixados;
Série D (96 clubes): seis acessos.
- 2028 em diante
Série C (28 clubes): seis rebaixados;
Série D (96 clubes): seis acessos.
Copa do Brasil
A Copa do Brasil terá diversas mudanças a partir de 2026. A principal é adoção de final em jogo único e em sede neutra, no dia 6 de dezembro. Haverá o aumento de 92 para 126 clubes.
As cinco primeiras fases também serão disputadas em jogos únicos. Os 20 clubes da Série A começarão diretamente na quinta fase. Das oitavas até as semifinais, os confrontos serão de ida e volta.
Seguindo o novo regulamento, o Ypiranga deve ingressar na competição a partir da segunda fase, quando os 74 melhores clubes ranqueados se juntam aos 14 que avançam da primeira fase. Atualmente o Canarinho ocupa a 48ª colocação do ranking da CBF.
— O aumento de equipes é positivo, mas desde que se mantenham ou aumentem os valores de cota, o que acredito que acontecerá. A entrada de times da Série A a partir da quinta fase é positivo também, visto que aumenta as chances de ir mais longe na competição — disse Stankiewicz.
Copa Sul-Sudeste
Tratando-se de torneios regionais, além da Copa Verde e da Copa do Nordeste, a CBF anunciou que será criada a Copa Sul-Sudeste em 2026. O campeonato terá dois clubes por Estado e será disputado entre 25 de março e 7 de junho, com máximo de 10 datas.
O ingresso deverá ser através do Gauchão e não será disputado por times que estejam classificados para a Libertadores ou Sul-Americana, competições organizadas pela Conmebol.
— Mais uma competição que podemos vir a disputar, dependendo do desempenho no campeonato estadual. Deve vir acompanhado de uma boa cota, assim como são a Copa do Nordeste e a Copa Verde. Positivo também — disse o presidente do Ypiranga, que avaliou todas as mudanças da CBF:
— Toda mudança gera desconforto, é natural do ser humano, mas parabenizo o presidente da CBF, Samir Xaud, pela iniciativa de mudar. Esperamos que seja para melhor e, se necessário, fazer os devidos ajustes para os próximos anos.



