A manhã deste domingo (12) foi de devoção em Passo Fundo, no norte do Estado. Mesmo com chuva, milhares de fiéis participaram da 44ª Romaria de Nossa Senhora Aparecida, a maior do RS em homenagem à santa padroeira do Brasil.
A programação começou às 7h, com missa na Catedral Metropolitana da Passo Fundo. De lá, o cortejo com a imagem da santa percorreu cerca de sete quilômetros, até chegar ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida às 10h30min.
A expectativa inicial era de que 100 mil pessoas participassem da romaria, mas por causa do tempo instável o número ficou abaixo do esperado. Muitos fiéis aproveitaram o sábado (11) de tempo firme para adiantar as homenagens.
— É impossível transferir a data. Acho que com chuva ou com sol, a Romaria deve sair porque a gente fala, por exemplo, do tema da ecologia. Quem tem que se adaptar ao clima, ao ambiente, somos nós — disse o Arcebispo Metropolitano de Passo Fundo, Dom Rodolfo Luís Weber.
Mesmo assim, a peregrinação que vai do centro da cidade até a RS-153 reuniu pessoas de todas as idades, seja pagando promessas, agradecendo graças ou simplesmente demostrando sua fé em Nossa Senhora.
A fé na padoeira começa cedo, como no caso de Lohan Alves Machado, de 10 anos. Descalço e acompanhado dos pais, ele seguiu a imagem da santa para pagar uma promessa:
— Comecei uns três anos atrás de pé descalço, é promessa. Meu irmão nasceu com um probleminha, eu fiz a promessa de caminhar 10 anos com os pés descalços se ele ficasse bem.
Já o funcionário público aposentado, José Volmar Costa e Silva, participa desde a primeira edição. Ele conta que o apego com Nossa Senhora Aparecida veio da mãe.
— A romaria foi crescendo. Há muitos anos a gente levava a santinha no colo, depois levamos no braço e depois no ombro. Foi crescendo e tivemos que fazer um andador — relembrou.
Segunda maior do Brasil

Conforme a igreja católica, a romaria de Passo Fundo é a segunda maior do país: fica atrás apenas das comemoração em Aparecida (SP), cidade em que a imagem de Nossa Senhora foi encontrada em 1717.
Conforme o padre Daniel Rodrigo Feltes, a fé na padroeira chegou ao norte gaúcho junto dos tropeiros de São Paulo e acabou se consolidando durante a colonização.
— Temos muito a ver com a história do Brasil, com a história dos tropeiros. O caminho das tropas que foi circulando do Sul até São Paulo e, nesse caminho, veio junto a devoção. Quando foi construído o seminário, a primeira ideia de nome era São José, mas foi percebido que o povo tinha uma grande devoção à Nossa Senhora Aparecida — explica.
A partir daí, o nome mudou e passou a homenagear a padroeira. Ainda de acordo com o padre, essa escolha acolheu a vontade do povo e o carinho com Nossa Senhora.
A programação da romaria continua durante à tarde: às 14h acontece a bênção do santíssimo sacramento, às 16h a já tradicional Romaria e Missa das Crianças, e se encerra às 18h com mais uma missa no santuário.
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