
Precisou de uma década para desenrolar o emaranhado que travou o destino da área da antiga Manitowoc, em Passo Fundo. Depois que a Câmara permitiu a alienação da área, na semana passada, o espaço de 45 hectares que fica às margens da RS-324 ainda precisa passar por um estudo técnico detalhado.
A prefeitura busca uma empresa para realizar levantamentos econômicos e financeiros que deem embasamento para criar requisitos mínimos à nova empresa que ocupará a área.
Na prática, não é só alienar e colocar uma nova empresa para funcionar no local, mas fazer com que os candidatos apresentem os devidos projetos de retorno social, emprego, inovação e sustentabilidade ao município.
— Precisamos ter o retorno proporcional ao investimento que a prefeitura fez naquele espaço — disse à coluna o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Adolfo de Freitas.
As tratativas são complexas em meio a uma concorrência pública mais complexa ainda — a empresa que fará esse estudo ainda precisa ser contratada, por exemplo, e é a primeira vez que um processo desse calibre é feito na cidade.
Essas condições exigem tempo: na prática, a licitação está prevista para acontecer no primeiro semestre de 2026 e a expectativa é que a nova empresa só entre na área da antiga Manitowoc no ano que vem (se tudo der certo).

Dinheiro em jogo
Na concorrência pública, leva quem der o maior lance a partir de R$ 32 milhões — ou 42% do valor avaliado da área pela equipe técnica da Caixa Econômica Federal — desde que, claro, preencha os requisitos mínimos que ainda serão definidos.
Para chegar no valor, a prefeitura se baseou em uma série de conversas com empresários e especialistas e concluiu que, quem entrar no espaço não deve simplesmente adquirir a área, mas precisará investir na estrutura com maquinários e instalações (como energia, por exemplo), antes de reativá-la. Por isso, dependendo do projeto, o investimento extra pode passar de R$ 20 milhões.
Interessados em potencial
Até agora, a prefeitura recebeu visitas de quatro empresas interessadas na área e também visitou outras com potencial para entrar no espaço. Todas são do setor industrial, em especial metal mecânico.
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