
Em fevereiro deste ano, o Didio's Burger viu seus números nas redes sociais explodirem: eles receberam a visita do influenciador Ricardo Corbucci, um especialista em comer muito e muito rápido, que experimentou uma parte generosa do cardápio da hamburgueria em Passo Fundo, no norte gaúcho.
O desafio de comida é uma das estratégias para chamar a atenção à marca que nasceu na cozinha da casa dos proprietários, Giovani e Luciana, em novembro de 2014, e mantém o faturamento anual no patamar dos seis dígitos — o ano passado terminou com R$ 4 milhões.
No desafio, os corajosos que conseguirem comer um decaburger (sim, um burger com 10 camadas de carne, queijo e bacon), 800 g de batata frita e dois milkshakes em 25 minutos ganham R$ 1 mil, foto no mural da casa e camiseta personalizada.
— Já tivemos algumas tentativas e um rapaz quase conseguiu — contou o proprietário Giovani Elisio da Silva.
A brincadeira ajuda a atrair tanto consumidores quanto possíveis compradores das franquias da hamburgueria. Hoje, a empresa de 11 funcionários tem o delivery como carro-chefe, um restaurante em Passo Fundo e quatro lojas franqueadas — em Carazinho, Marau, Erechim e Chapecó. O objetivo é chegar a 10 franquias.
— Pensamos nas franquias para ampliar a força da marca. É uma forma de estarmos em mais cidades sem necessariamente tirar dinheiro do bolso. Nós entramos com os processos e o know-how para que o franqueado tenha êxito com a marca — explicou.
Da Califórnia para Passo Fundo
Da área de TI, Giovani conta que a ideia para criar o Didio's veio depois de uma viagem à Califórnia, em 2014. A descoberta de hambúrgueres diferentes daqueles encontrados nas grandes franquias, como Burger King e McDonald's, inspirou a criação da marca própria e casou com a tendência de hamburguerias que começava a se popularizar no Brasil.
Em Passo Fundo, o casal começou a participar de feiras de rua e, quando viu, o número de pedidos dobrava a cada semana. Foi aí que largaram seus empregos para se dedicar 100% ao negócio.
Para 2025, a expectativa é faturar R$ 3,5 milhões — valor abaixo do ano passado por causa do aumento dos preços dos produtos, em especial das bebidas.
— As dificuldades do mercado sempre vão existir, mas aprendemos que temos que estar preparados para isso. É preciso enfrentar e se adaptar para seguir em frente — terminou Giovani.
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