Criada em Passo Fundo, a marca Collab Handmade tem feito seu nome em todo o Brasil: a grife que transforma peças usadas em roupas totalmente diferentes e que já foi usada por Anitta, Bianca Boca Rosa e Yasmin Brunet, acaba de fazer uma parceria com a Adidas e, em breve, estreará em uma campanha publicitária com Pablo Vittar.
Na parceria, o casal de diretores criativos Cristine Rosset e Eduardo Albuquerque criaram releituras de peças icônicas da Adidas, como o tênis Superstar, e agora têm as peças expostas na nova superloja da marca, recém-inaugurada no Shopping Eldorado, em São Paulo (SP).
— A ideia foi apresentar o produto de uma forma diferente. As peças não são comercializáveis, mas trazem o nosso conceito e essência — explicou a empresária e diretora criativa da Collab Handmade, Cristine Rosset.
Conhecida pela estética "diferentona" e desconstruída, a Collab Handmade cria peças a partir do upcycling, método que consiste em garimpar roupas usadas e transformá-las em peças totalmente únicas, muitas vezes misturando tecidos e componentes como zíper e etiquetas em uma vestimenta só.
Com a Adidas, a Collab criou três joelheiras, três cotoveleiras, um colete e uma saia. Só para a saia, por exemplo, foram usados cinco pares de tênis — com praticamente todos os componentes utilizados, exceto a sola. A ideia é que as peças sirvam como mostruário em outras lojas do país.
O próximo passo da Collab é estrear suas peças em campanha publicitária com a cantora Pablo Vittar e a própria Adidas.
Próximos passos
Há um ano na capital paulista, Cristine e Eduardo saíram de Passo Fundo para estreitar a relação com os artistas que atendem e abrir novos caminhos à Collab. Por enquanto, o trabalho é realizado exclusivamente pelo casal, do garimpo das peças até a costura à mão, no apartamento onde vivem.
Mas o próximo passo é expandir o negócio com ateliê e equipe. Hoje as vendas são 100% online e acontecem majoritariamente via pequenas coleções de 30 a 40 peças, chamadas drops, lançadas todos os meses.
— Estamos dando um passo de cada vez. Como tudo é ideia nossa, desde a estética até os processos são muito difíceis de serem passados para outras pessoas. Tudo precisa do nosso olhar, da nossa composição, o retoque final precisa ser nosso. Mas a curto prazo vamos para uma estrutura melhor e maior, é o caminho natural das coisas — disse Cristine.
Para o futuro, esse modelo deve continuar, assim como o reaproveitamento de peças usadas.
— Aqui em SP vemos literalmente montanhas de roupas disponíveis para escalar e garimpar. É muita peça em desuso que, se não fossem vendidas em brechós, virariam lixo. Entendemos que é possível ver uma estética e um conceito atrás disso tudo e, por isso, o upcyling sempre será a essência da Collab — terminou Cristine.
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