
Um dos objetivos do vice-governador gaúcho, Gabriel Souza, em viagem a Brasília (DF) na segunda-feira (31) foi mobilizar acordos técnicos e de cooperação entre Brasil e Argentina para a construção de três pontes na fronteira dos dois países.
O Piratini se dispôs a pagar os anteprojetos das pontes internacionais entre Porto Mauá e Alba Posse, Tiradentes do Sul e El Soberbio e Itaqui e Alvear. Agora, se prepara para contratar a Caixa Econômica Federal, que vai fazer os termos de referência das três estruturas e listar o que pode ser licitado dentro do anteprojeto.
Em Brasília, Souza entregou ofícios pela união de esforços e apoio do governo federal ao Dnit e ministro de Transportes, Renan Filho, para alinhamento técnico, e no Itamaraty, para apoio institucional.
A ideia é que ajudem no diálogo com as províncias da Argentina para, neste primeiro momento, possibilitar a entrada dos profissionais que levantarão as medidas, dados geológicos e condições de acesso.
Como as pontes ligam os dois países, a construção precisa ser realizada através de acordos bilaterais.
— O anteprojeto é o primeiro passo para que o governo federal possa dar sequência nos procedimentos da obra. A decisão do governo do Estado de subsidiar (os anteprojetos) é uma forma de colaborar, já que as estruturas também são de interesse para o desenvolvimento econômico do RS — disse Souza.
O governo gaúcho se movimenta sobre o assunto desde o ano passado, quando se reuniu com lideranças regionais e argentinas em Santa Rosa.
Hoje a travessia na fronteira Brasil-Argentina no noroeste do Rio Grande do Sul acontece majoritariamente por balsa, o que causa atrasos e até interrupções na passagem, que depende do nível adequado do Rio Uruguai. As únicas duas pontes ficam em São Borja e Uruguaiana.
Ponte de Porto Xavier

O processo para a construção da ponte internacional entre Porto Xavier e San Javier, também na Região Noroeste, está mais adiantado.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) abriu as oito propostas de empresas interessadas em 20 de março e, no momento, a licitação está em fase de análise da documentação.
O menor lance da disputa veio da empresa Rivoli Construtora, do Mato Grosso, que ofereceu R$ 214 milhões para realizar a obra — cerca de 5% a menos do valor estimado. Ainda não há data prevista para a assinatura do contrato.
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